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Hugo Soares deve sair? Sim, mostraria "desapego ao poder"

Joaquim Jorge considera que foi um erro Hugo Soares ter apoiado a candidatura de Pedro Santana Lopes. "As opções políticas têm consequências", analisa.

Hugo Soares deve sair? Sim, mostraria "desapego ao poder"
Notícias ao Minuto

11:40 - 19/01/18 por Melissa Lopes

Política Joaquim Jorge

Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores, defende que o líder parlamentar do PSD, deve pôr o lugar à disposição, na sequência da eleição de Rui Rio, e critica Hugo Soares por este não ter tido “tato político” ao declarar apoio a Pedro Santana Lopes. “No seu lugar deveria mostrar equidistância e não apoiar ninguém. Não o fez, as opções políticas têm consequências”, entende o biólogo.

Estando Hugo Soares a seguir a “linha das políticas de Pedro Passos Coelho” e tendo sido eleito por deputados do, agora de saída, líder do PSD, Hugo Soares deve “colocar o lugar à disposição”. Ao sair, analisa Joaquim Jorge, o atual líder parlamentar mostraria “desapego ao poder” e que “não está ali para dificultar a vida a Rui Rio”.

“Na política, um novo ciclo configura novas políticas e novos protagonistas”, argumenta, lembrando inclusive que o líder de um grupo parlamentar “deve ser a correia de transmissão do que pensa o líder do seu partido” e no caso de Rui Rio, que não é deputado, “ainda mais”. Este “precisa de ter alguém [no Parlamento] da sua confiança e da sua linha de pensamento”, acrescenta.

Para o biólogo, o facto de Hugo Soares dever sair não significa que se esteja perante “saneamento” ou “caça às bruxas”. Trata-se, isso sim, de “bom senso, razoabilidade e discernimento pelo que se passou”, sublinha.

Ao não colocar o lugar à disposição, Joaquim Jorge considera que Hugo Soares “está a dificultar a vida a quem chega de novo”. O fundador do Clube dos Pensadores recorda ainda que o próprio Santana Lopes, "nas mesmas circunstâncias", decidiu demitir-se da posição de líder da bancada, após a demissão do então líder do partido, Luís Filipe Menezes. 

“Quem não está de acordo com Rui Rio deve sair da primeira linha de acção política”, conclui.

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