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"Rui Rio deixou Costa numa situação muito mais desconfortável"

A antiga presidente do PSD considera que a ‘lua-de-mel’ entre os partidos que suportam o Governo está a chegar ao fim e, por isso, antecipa problemas para António Costa nas próximas eleições legislativas.

"Rui Rio deixou Costa numa situação muito mais desconfortável"
Notícias ao Minuto

23:44 - 18/01/18 por Patrícia Martins Carvalho

Política Ferreira Leite

O novo líder do PSD disse, durante a campanha eleitoral para as diretas do partido, que estaria disposto a apoiar um governo minoritário do PS nas próximas eleições legislativas.

Embora tenha sido criticado por essas declarações – algo que Manuela Ferreira Leite recrimina – a verdade é que no ponto de vista da ex-ministra das Finanças foram palavras que deixaram António Costa em ‘maus lençóis’.

“Quando for a campanha eleitoral, e perante uma pessoa que já disse antecipadamente qual é o cenário que traça, António Costa terá a obrigatoriedade de dizer antecipadamente o que vai fazer”, afirmou Ferreira Leite no seu comentário desta quinta-feira na TVI24.

A antiga presidente do PSD recordou que o primeiro-ministro já disse que não irá prescindir do apoio dos partidos de esquerda mesmo que ganhe com maioria absoluta. Agora, com a afirmação de Rui Rio, Ferreira Leite considera que António Costa está numa “situação muito mais desconfortável” porque vai ter de dizer à partida qual será a sua opção em caso de vitória relativa e “só o pode prejudicar ele ter que dizer previamente o que vai fazer”. “Vai dizer ou desdizer o que já disse?”, questionou.

Mas esta questão é ainda mais profunda porque, considera a comentadora, tanto o Bloco de Esquerda como o PCP “não estão a retirar dividendos” do apoio dado ao Partido Socialista “tal como se viu nas eleições autárquicas”.

“Não têm muitas mais coisas por onde retirar dividendos e se quiserem retirar então eu direi que estamos com uma estrutura parlamentar prejudicial ao país, porque para ser sustentável a devolução de rendimentos não é possível continuar-se contra as empresas, não tomando nenhuma medida de baixa de impostos para as empresas”, referiu a antiga ministra das Finanças.

“Não estou a ver que o PS retire dividendos para a sua política com moedas de troca que podem ser muito pesadas”, reiterou enumerando outros pontos caros ao Bloco e ao PCP como é a sua posição face à União Europeia e à moeda única e também à iniciativa privada.

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