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Críticas a Rio? "Militantes sentem-se enganados porque não governam"

Manuela Ferreira Leite esteve debaixo dos holofotes depois de ter dito, em entrevista à TSF, que o “PSD deve vender a alma ao diabo para pôr a Esquerda na rua”.

Críticas a Rio? "Militantes sentem-se enganados porque não governam"
Notícias ao Minuto

23:23 - 18/01/18 por Patrícia Martins Carvalho

Política PSD

Depois da polémica, a reafirmação e a explicação. No seu habitual comentário na antena da TVI24, Manuela Ferreira Leite não negou as palavras ditas à TSF e voltou a afirmá-las.

No entanto, explicou que o quis dizer com tal expressão foi que há situações que exigem que se “venda a alma ao diabo” ou, utilizando outra expressão, que se “engulam sapos”.

“Isto significa que, muitas vezes, as pessoas deverão fazer algo que não desejam em nome de interesses superiores e, no meu ponto de vista, aqui o interesse superior é o do país”, afirmou, reiterando que o interesse do país passa por afastar a “esquerda radical” do governo o que se pode ter de traduzir num apoio do PSD ao PS em caso de derrota dos sociais-democratas e de vitória relativa dos socialistas nas próximas eleições legislativas.

Nesta senda, a comentadora acrescentou que se referia ao facto de considerar uma “prova de seriedade e honestidade” o facto de Rui Rio não ter fechado a porta a um apoio ao PS em caso de derrota do PSD nas eleições legislativas.

Manuela Ferreira Leite mostrou-se até algo desagradada com o facto de o novo líder dos sociais-democratas ter sido criticado pela sua sinceridade. “Um candidato a eleições tem a obrigação de dizer como é que reagirá caso não ganhe as eleições ou ganhe com maioria relativa ou perca. Seguramente ele já pensou nisso e não transmitir aos eleitores é ter falta de coragem e é daí que resulta a falta de credibilidade dos políticos”, afirmou.

A antiga ministra das Finanças disse ainda que “não é legítimo dizer-se aos eleitores que só vamos ganhar”, defendendo a “honestidade” como uma característica fundamental para a relação com o eleitorado.

Ainda assim, Ferreira Leite diz compreender o porquê de ter havido críticas de alguns militantes do PSD ao facto de Rio se mostrar disponível para apoiar um governo minoritário do PS.

“Nem todos gostaram porque estão ressentidos e só entendo que alguns militantes possam não gostar de ouvir isso por estarem numa situação em que se sentem enganados porque a coligação que o PSD integrava ganhou e não ficou a governar”, rematou.

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