"Não creio que o acordo de esquerda deva morrer às mãos de Rui Rio"
A nova liderança do PSD continua a ser mote para vários artigos de opinião.
© Global Imagens
Política Simões Ilharco
O que fará Rui Rio com a vitória?’. É este o nome do texto de opinião, publicado no jornal oficial do Partido Socialista, Ação Socialista, que se debruça sobre aquele que será o futuro da relação entre PS e PSD.
Simões Ilharco, o jornalista e autor do texto, considera que “Rui Rio ganhou o PSD, mas não o país”, pois uma recente sondagem da Aximage dá uma vantagem de 20 pontos percentuais a António Costa face a Rui Rio para o cargo de primeiro-ministro.
Embora o Chefe do Executivo tenha dito que será mais fácil haver um entendimento com Rio do que aquele que houve com Passos Coelho, Simões Ilharco é perentório ao afirmar que tal não deverá significar um afastamento da esquerda.
“A boa relação entre Costa e Rio, cimentada no tempo em que eram autarcas, facilitará o entendimento entre PS e PSD. Não creio, porém, que o acordo de esquerda deva morrer às mãos de Rui Rio”, escreve o jornalista, acrescentando que os “ganhos políticos e sociais que o país tem averbado com a geringonça (…) não seriam tão notórios com o bloco central”.
E nesta senda considera que o “bloco central é mais contranatura do que o acordo de esquerda”. Porquê? “Fundamentalmente porque o PSD é um partido de direita e o PS não é”.
“Mesmo equacionando apenas o apoio do PSD a Governo do PS, e não uma solução governativa, a Geringonça continua a merecer, largamente, a minha preferência”, escreve o autor que aponta a posição a tomar pelos sociais-democratas na questão do financiamento dos partidos como o “primeiro teste às reais intenções” de Rui Rio.
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