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"Hugo Soares deve pôr de imediato o seu lugar à disposição"

Luís Marques Mendes afirmou, durante o seu comentário semanal na SIC, que o líder parlamentar do PSD deve dar a Rui Rio a possibilidade de escolher se o quer manter ou substituir.

"Hugo Soares deve pôr de imediato o seu lugar à disposição"
Notícias ao Minuto

21:56 - 14/01/18 por Anabela de Sousa Dantas

Política Marques Mendes

Luís Marques Mendes começou o seu comentário semanal, este domingo, com uma nota sobre a tragédia ocorrida no sábado em Vila Nova da Rainha, em Tondela. O comentador deixou “uma palavra de solidariedade muito sincera” ao concelho, que já havia ultrapassado momentos muito difíceis com os incêndios de outubro passado. “Parece um concelho de maldição”, continuou, deixando, então, uma “palavra de conforto e solidariedade”.

Prosseguindo com o seu comentário habitual na antena da SIC, o social-democrata teceu alguns comentários sobre as eleições diretas do PSD, que também tiveram lugar no sábado, elegendo Rui Rio como sucessor de Pedro Passos Coelho.

No entender de Marques Mendes, há três razões para a vitória de Rui Rio. “Primeiro, a ideia de que o partido queria mudar de ciclo”, ou seja, a saída de Passos Coelho fechava um ciclo ao qual Santana Lopes só iria “dar continuidade”. “O candidato da mudança deste combate era Rui Rio”, declarou.

Por outro lado, continuou, “os militantes votaram naquele que, no seu entendimento, garante mais sucesso no embate com António Costa”. Por último, o antigo líder do PSD sublinhou que “Rui Rio beneficiou daquela que talvez fosse a maior desvantagem de Pedro Santana Lopes”. “O já ter sido líder no PSD, já ter sido primeiro-ministro, a imagem, justa ou injusta, que existe de que as coisas não correram bem”, sustentou, sublinhado que “aos olhos de muitos militantes havia que evitar repetir essa história do passado”.

Marques Mendes definiu, ainda, quatro desafios para Rui Rio como líder do PSD. O primeiro será “unir o partido”, objetivo para o qual sugere a captação de pessoas “para integrar alguns órgãos do partido”. Será também necessário “renovar linguagem, renovar práticas políticas e sobretudo renovar protagonistas”, atirou, sugerindo que os “portugueses estão fartos de ver sempre as mesmas caras”.

Hugo Soares é uma das mudanças que Marques Mendes vê como cruciais. Recordando que Rui Rio não é deputado e, portanto, não tem assento parlamentar, refere que o seu representante no Parlamento é o líder parlamentar. “Hugo Soares foi apoiante de Santana Lopes. (…) O que se impõe é que Hugo Soares ponha de imediato o seu lugar à disposição para que o líder do partido pondere e dê um sinal, se quer mantê-lo ou substituí-lo”, afirmou.

Cabe aos deputados decidirem quem elegem presidente da bancada, conforme Marques Mendes admitiu, mas "é assim que as coisas se fazem", insistiu, recordando ele próprio fez o mesmo enquanto líder parlamentar, após a saída de Marcelo Rebelo de Sousa e entrada de Durão Barroso para a liderança do partido.

Por último, e “mais importante e mais difícil”, Rui Rio tem o desafio de “construir um projeto alternativo e diferente do do Governo”, um caminho que se adivinha “difícil”, no entender do social-democrata. Rui Rio “tem que evitar ter um discurso do diabo ou um discurso pela negativa” e deve apostar em “propostas com sentido reformista e com ambição”, aconselha Marques Mendes.

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