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Bloco contesta encerramento dos CTT na Universidade de Aveiro

O deputado do bloco de Esquerda Moisés Ferreira criticou hoje o anunciado encerramento dos serviços dos CTT na Universidade de Aveiro, considerando que vai prejudicar o funcionamento daquela instituição de ensino superior.

Bloco contesta encerramento dos CTT na Universidade de Aveiro
Notícias ao Minuto

13:40 - 12/01/18 por Lusa

Política Moisés Ferreira

Moisés Ferreira falava junto à estação de correios da Universidade de Aveiro, onde o Bloco de Esquerda colocou cartazes contra o encerramento dos serviços postais.

"Não aceitamos o encerramento desta estação. Ela é necessária à própria Universidade, que tem cerca de 15 mil alunos e 1.500 docentes. Até para o funcionamento dos vários departamentos e laboratórios de investigação esta estação é importante, porque faz a receção diária da correspondência, além de tudo o que as outras fazem", disse.

As afirmações do deputado foram corroboradas pelo presidente da concelhia bloquista, Nelson Peralta, que salientou que se trata de "um serviço público essencial à atividade daquele que é um centro de investigação de excelência".

A Universidade de Aveiro "é considerada uma das melhores do país e da Europa e trata-se de um serviço público que é usado diariamente", reforçou Peralta, lembrando que em 2013 já fecharam várias estações de correios no concelho.

Tal como noutras ações de protesto que promoveu, também em Aveiro o Bloco defendeu que o Governo deve voltar a nacionalizar o serviço postal.

"Se temos uma administração dos CTT que não quer fazer o serviço público e que não quer ter as estações de correio próximo das pessoas, o que o Governo tem a fazer é renacionalizar os correios e impedir o encerramento de mais estações", disse Moisés Ferreira.

Para o parlamentar, "não faz nenhum sentido estar a diminuir o serviço público e a eliminar estações, porque os correios têm garantido resultados operacionais muito positivos nos últimos anos".

"Desde que os CTT foram privatizados pelo governo PSD/CDS, os Correios foram 'assaltados' pelos seus acionistas: em 2014, 2015, 2016 e 2017 tiveram milhões de euros de lucro, de que se apropriaram em vez de reinvestir", disse.

Por isso, afirmou, "chegar ao final de 2017 e encerrar estações de correio porque os CTT precisam de reduzir os custos operacionais é uma absolutamente mentira".

Para Moisés Ferreira, com o plano para fechar mais estações, "o que os CTT estão a dizer é que não querem prestar o serviço público".

Os CTT confirmaram a 02 de janeiro o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação, que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de trabalho.

A empresa referiu que o encerramento de 22 lojas situadas de norte a sul do país e nas ilhas "não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente".

Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira (concelho de Lisboa), Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente (Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Sintra), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Gondomar), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco da Calheta (Calheta, na Madeira).

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