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"Trataremos com todo o respeito o líder do PSD, quem quer que seja"

Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, confessa que tem acompanhado os debates entre Rui Rio e Santa Lopes na corrida à presidência do PSD. E o eleito, garante, será tratado com "todo o respeito".

"Trataremos com todo o respeito o líder do PSD, quem quer que seja"
Notícias ao Minuto

23:41 - 10/01/18 por Notícias Ao Minuto

Política Santos Silva

Portugal pode contribuir para ajudar a Venezuela a superar as dificuldades atuais no acesso a medicamentos. Esta é a posição defendida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. Num habitual espaço de debate na antena da RTP, o político recordou que “há situações dramáticas na Venezuela por falta de acesso a medicamentos e muitos desses casos são de difícil resolução. Mas já tive oportunidade de dizer às autoridades que poderíamos contribuir com o aumento de exportação de fármacos”, reiterou o político. 

Para além disso, ressalva o ministro, está na calha “um projeto promissor, assim haja condições políticas e institucionais para o fazer, que consiste na construção de uma fábrica de produção de medicamentos no país”. Santos Silva recordou ainda que, apesar da situação, “a grande maioria dos portugueses que estão na Venezuela querem ficar”.

Outro dos temas debatidos por Augusto Santos Silva prendeu-se com a importância da política de migrações que, no seu entender, “deve ser europeia”. Para o ministro com a pasta dos Negócios Estrangeiros, “há certos bens comuns europeus que devem ser financiados a nível europeu”.

Para além disso, “há outro tema importante que está aqui relacionado, nomeadamente a União Económica e Monetária. Os sete países do Mediterrâneo do sul da Europa comprometeram-se na defesa de uma linha orçamental, com recursos próprios da União Europeia e da Zona Euro para apoio do investimento e para nos prepararmos para a próxima crise, se ela vier”.

“Se queremos ter uma supervisão bancária única na União Europeia”, defende Santos Silva, “então temos de ter uma reserva financeira de apoio à resolução também europeia. Se queremos que os nossos bancos estejam sujeitos às mesmas regras europeias, essas regras devem ter como garantia não só o orçamento nacional, mas também um fundo de apoio europeu. Somos, por isso, defensores do seguro europeu de depósito”.

Mário Centeno, o presidente eleito do Eurogrupo, esteve recentemente em Bruxelas na condição de futuro líder do fórum informal de ministros das Finanças da zona euro. O político português assume a presidência do Eurogrupo já no próximo sábado e, num encontro com Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Euro e Estabilidade, já delineou a agenda dos próximos meses que, no seu entender, é “intensa e importante para a evolução futura da União Económica e Monetária que necessita naturalmente de consensos”.

Augusto Santos Silva, convidado a perspetivar a performance do congénere, defende que Centeno foi eleito porque “é um ministro que cumpre bem as regras. Ninguém aceitaria ter à frente do Eurogrupo um país que não cumprisse as regras. Mais, nós mostrámos que é possível cumprir as regras de outra maneira, com mais rendimento para as pessoas, mais respeito pela Constituição e mais atenção para com o crescimento económico e do emprego”. Para além disso, defende o ministro, “Centeno é um bom mobilizador de vontades porque somos um país que consegue colocar-se no ponto de vista dos outros. Posso garantir, ainda, que nunca fará declarações dos costumes dos colegas”, assegurou, aludindo ao episódio em que Jeron Dijsselbloem acusou a Europa do Sul de gastar o seu dinheiro “em copos e mulheres”.

Já relativamente à polémica que gira em torno do final do mandato de Joana Marques Vidal - que termina em outubro - e em que a ministra da Justiça, Francisca van Dunem, terá aberto a porta de saída à atual Procuradora Geral da República, Santos Silva foi perentório ao afirmar que “a ministra respondeu com boa fé a uma pergunta que lhe foi feita e assunto encerrado”.

Questionado sobre qual o líder do PSD que mais convinha ao PS, o ministro dos Negócios Estrangeiros foi parco em palavras, defendendo que o “Partido Socialista não faz parte da decisão interna no seio do PSD. Trataremos com todo o respeito o líder do PSD, quem quer que seja”. Porém, aproveitou a oportunidade para sublinhar a importância “da oposição da liderança”.

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