Apoiar PS? "O PSD não nasceu para isso, não nasceu para ser muleta"
Rui Rio “encontra sempre argumentos para justificar alguma proximidade ao PS”, disse Santana Lopes, lembrando que o PSD não nasceu para fazer blocos centrais "assumidos ou disfarçados". Quanto ao tom usado no primeiro debate, o antigo provedor da Santa Casa atirou: "São desculpas de mau pagador para aquilo que não corre bem”.
© Global Imagens
Política Santana Lopes
Pedro Santana Lopes reagiu esta segunda-feira, em Penafiel, às declarações de Rui Rio sobre a possibilidade de apoiar um governo PS minoritário. “Surpreenderam-me muito”. Foi desta forma que Santana reagiu, afirmando que tal equivaleria ao PPD-PSD “ocupar o lugar que é agora ocupado pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda”.
“O PSD não nasceu para isso. Nasceu para ser primeiro partido, não nasceu para ser muleta de ninguém”, afirmou Santana, reforçando que o seu partido “nasceu para ser alternativa”.
Para o candidato a líder do PSD, “estar a falar de hipóteses dessas, a um ano e meio de eleições legislativas, é quase uma eleição antecipada de falta de confiança nas possibilidades próprias”. E reforçou que Rui Rio “encontra sempre argumentos para justificar alguma proximidade ao PS”.
“A minha posição é diferente”, vincou Santana, lembrando que o partido tem de “ser alternativa, não fazer blocos centrais, nem assumidos nem disfarçados e preparar essa solução reformista, ponderada, coerente que substitua o PS”.
Resumindo a sua opinião em relação à posição do ex-autarca do Porto: “Não consigo compreender essa frase e discordo dela em absoluta”.
Questionado sobre o tom usado no primeiro debate entre os dois, Santana preferiu colocar esse frente-a-frente na dimensão a que pertence, ao passado. “Acho que esse debate já acabou. Vamos ter outro debate esta semana e espero que seja tão eficaz como aquele que aconteceu”, salientou, sublinhando, contudo, ter notado as reações ao debate e “o incómodo que causou”. Chegou a classificar a questão do tom usado como sendo “desculpas de mau pagador para aquilo que não corre bem”.
Em relação à imagem crispada que o partido poderá estar a fazer passar, Santana pediu para não se dramatizar. “Estamos num debate intenso que não atinge, nem pouco mais ou menos, os níveis que atingiu esse [o de António Costa e Seguro]. A imagem do PSD não tem problema nenhum, os militantes sabem que isto faz parte das regras do jogo”, realçou.
É já no próximo sábado, dia 13, que os militantes do PSD vão decidir o sucessor de Pedro Passos Coelho: Rui Rio ou Santana Lopes.
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