Meteorologia

  • 24 ABRIL 2024
Tempo
24º
MIN 12º MÁX 24º

Debate: Santana ao "ataque" para um Rio que tem de "mudar de estratégia"

Para o comentador Joaquim Jorge, o debate entre os candidatos do PSD foi "um ‘tu-cá-tu-lá’ de acusações ‘para aqui e para acolá’, onde Pedro Santana Lopes encostou literalmente Rui Rio às cordas”.

Debate: Santana ao "ataque" para um Rio que tem de "mudar de estratégia"
Notícias ao Minuto

12:30 - 05/01/18 por Filipa Matias Pereira

Política Joaquim Jorge

No debate que ontem sentou à mesa Santana Lopes e Rui Rio num frente a frente pela liderança do PSD, percebeu-se que o ex-dirigente da Santa Casa da Misericórdia “desejava debates com Rui Rio de forma veemente”, defende Joaquim Jorge.

Para o fundador do Clube dos Pensadores, Santana, pela “sua experiência constante em programas de televisão”, está “muito mais à-vontade” do que o ex-presidente da Câmara do Porto. E este detalhe é “um terreno que o ajuda a elencar e a clarificar alguns assuntos pendentes e mal explicados”.

A primeira parte do debate foi, aos olhos de Joaquim Jorge, "um ‘tu-cá-tu-lá’ de acusações ‘para aqui e para acolá’, onde Pedro Santana Lopes encostou literalmente Rui Rio às cordas”. Aliás, “a sua acutilância não tem dado hipóteses a Rui Rio de ripostar e de se defender”, ressalva.

Já Rio, na opinião do biólogo, “deveria ter retorquido e lembrado que Santana conta com o apoio do aparelho do PSD e de gente que toda a vida só fez carreira no partido por estar agarrada ao poder”. Estes são, aliás, “responsáveis pela pior derrota do PSD nas autárquicas”. Esta estratégia seria útil para “separar as águas…”, faz sobressair.

A lei de financiamento dos partidos foi um tema igualmente debatido ontem pelos políticos de centro-direita, sendo que “Rui Rio mostrou uma posição mais contida”.

Joaquim Jorge defende que “este debate teve algo curioso”. Isto porque, apesar de na campanha os dois candidatos “praticamente só se preocuparem com os militantes e pouco ou nada com o PSD, nomeadamente a sua organização e o futuro como partido”, no debate estavam a tentar “seduzir os portugueses e não os 70.000 militantes do PSD com as quotas pagas”.

Para o biólogo, ficou claro que “Rui Rio tem que mudar de estratégia no próximo debate se quer ser líder do partido”. Já Santana Lopes “surpreendeu com a melhor arma: o ataque”, avalia.

Joaquim Jorge alega ainda que os candidatos estão com uma dificuldade de “gerir uma campanha de dois em um: campanha para líder do PSD e ao mesmo tempo para primeiro-ministro”. E esta realidade, por vezes, “baralha e confunde”.

Este foi, concluindo, “um debate esclarecedor para os portugueses, mas que não votam, e não para os militantes do PSD que votam”.

Por isso, “sempre achei, que deveria ter havido uma campanha para dentro - PSD (militantes) -, e outra para fora – portugueses em geral”. Além disso, sustenta Joaquim Jorge, deveria haver dois debates televisivos: “Um para os militantes sobre a organização do PSD” e outro “para os portugueses para mostrarem como atuariam se o PSD fosse chamado a formar governo”.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório