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Rio recusa dizer jamais a Bloco Central. Só em "situação extraordinária"

Os candidatos à liderança do PSD defenderam hoje que o partido concorra sozinho às legislativas, admitindo coligações posteriores com o CDS, e Rio recusou dizer "jamais" a um Bloco Central, embora só em "circunstâncias extraordinárias" que não prevê.

Rio recusa dizer jamais a Bloco Central. Só em "situação extraordinária"
Notícias ao Minuto

06:32 - 05/01/18 por Lusa

Política PSD

No primeiro debate entre Pedro Santana Lopes e Rui Rio, que decorreu na RTP, os candidatos foram questionados sobre que estratégia defenderão para as eleições legislativas, caso vençam as diretas do próximo dia 13 de janeiro.

"Temos um PS que virou à esquerda, o PPD/PSD para ir para o governo tem de conquistar maioria absoluta por si ou em coligação (...). A minha orientação é concorrer sozinho idealmente, com exclusão de qualquer solução de coligação com o PS antes ou depois das eleições", afirmou Santana Lopes.

Rui Rio alertou que ainda falta um ano e meio para a data prevista das legislativas, mas admitiu que se as eleições "fossem amanhã" o PSD deveria ir sozinho.

"Não excluo completamente a possibilidade de coligação [pré-eleitoral] com o CDS, mas acho muito pouco provável, até pelas aspirações do CDS será saudável testar nas urnas a força de cada um", disse, admitindo que os democratas-cristãos serão um parceiro normal para uma coligação pós-eleitoral, se o PSD não tiver maioria absoluta.

Questionado se admitiria uma solução de acordo de Governo com o PS, Rui Rio respondeu: "Não vejo nenhuma circunstância extraordinária em concreto que levasse, numa situação pós-eleitoral, que fosse feito um Bloco Central. Agora pode haver situações extraordinárias que, em nome do interesse nacional, não se possa estar amarrado a dizer 'jamais' [dizendo a palavra em francês], como dizia o ministro Mário Lino".

O antigo presidente da Câmara do Porto deu como exemplo de uma situação extraordinária que poderia ter justificado esse Bloco Central: se a 'troika' tivesse exigido, em 2011, que PS, PSD e CDS-PP, além de assinarem os três o memorando de entendimento, tivessem de partilhar a governação para receber o empréstimo.

Em matéria económica, ambos os candidatos defenderam a prioridade ao crescimento económico, a redução da carga fiscal para as empresas e uma diminuição do peso do Estado, com Rio a preconizar uma redução, de forma progressiva, da despesa pública no Produto Interno Bruto.

Instados a fazer um balanço da ação do Ministério Público e se defenderão a recondução da atual Procuradora Geral da República, os candidatos fizeram diagnósticos distintos e escusaram-se a responder sobre a continuidade de Joana Marques Vidal.

"Não é um balanço positivo, não vejo no Ministério Público a eficácia que gostava de ver, o recato que entendo que deve existir. Os julgamentos não devem ser feitos na praça pública", afirmou Rui Rio, dizendo que tal não significa "estar a ilibar quem quer que seja".

Já Santana Lopes, concordando com a inadmissibilidade de julgamentos na praça pública, fez um balanço positivo da atuação do Ministério Público, considerando que "tem dado provas de coragem e de capacidade".

As eleições diretas no PSD realizam-se a 13 de janeiro e estão previstos mais dois frente e frente entre Pedro Santana Lopes e Rui Rio: em 10 de janeiro na TVI e, no dia seguinte, um debate radiofónico organizado pela Antena Um e TSF.

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