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Rui Rio vs Pedro Santana Lopes: O primeiro debate

Acompanhe, aqui, ao minuto, o frente a frente entre os dois candidatos à liderança do PSD.

Rui Rio vs Pedro Santana Lopes: O primeiro debate
Notícias ao Minuto

21:07 - 04/01/18 por Pedro Bastos Reis

Política PSD

22h35: No minuto final, em que os candidatos se dirigiram aos militantes, Santana Lopes aproveitou para engrandecer o partido, ao passo que Rui Rio voltou a atacar as “fragilidades” do seu oponente.

“Somos o partido mais português de Portugal e é isso que sentimos. Por isso mesmo, vamos trabalhar para construir uma alternativa a esta frente de esquerda, a António Costa e ao seu Governo suportado por comunistas e pela extrema-esquerda”, disse Santana Lopes

“Se for ele candidato do PSD a primeiro-ministro, todas essas fragilidades virão ao de cima. Escolher o que tem mais condições para vencer o doutor António Costa é dar um passo em frente, escolher quem tem menos condições é dar um passo atrás. Acho que no dia 13 de janeiro os militantes do PSD vão dar um passo em frente”, finalizou Rui Rio.

22h22: Já sobre um bloco central (coligação do PSD com o PS), Rio não exclui a possibilidade num contexto de interesse nacional. "Não vejo nenhuma circunstância extraordinária, em concreto, que pudesse levar a uma situação pós-eleitoral de um bloco central. Agora, pode haver situações extraordinárias que, em nome do interesse nacional, não se possa estar amarrada a dizer 'jamais', como diria o ex-ministro Mário Lino".

22h19: Como é que o PSD deve ir a legislativas? "Idealmente sim, vou sozinho", responde Santana Lopes. E acrescenta: "com a exclusão de qualquer solução de coligação com o PS, antes ou depois de eleições". Por seu lado, Rui Rio diz que "a probabilidade de o PSD ir sozinho a eleições é muito elevada", sendo que não exclui uma coligação com o CDS, apesar de reconhecer que tal "não é muito provável". 

22h11: Agora, o papel do Estado. “Não podemos mudar tudo de repente, porque desequilibramos tudo.. Mas acho que o país devia ter uma estratégia de redução do peso da despesa pública do PIB. Todos os anos um bocadinho, todos os anos um bocadinho...”, diz Rui Rio. "Um Estado gigantesco é um Estado muito concentrado e centralizado em Lisboa. Este Estado comete muitos erros, por desconhecimento da realidade". Já Santana, diz que "o papel do Estado é excessivo". "Eu tenho-lhe chamado o Estado abusador", diz. 

22h09: Rui Rio defende menos impostos para as empresas e diz que o crescimento económico do país tem de ser superior à medida europeia. “O crescimento não tem de ser de 3%, tem de ser mais do que a média comunitária”, remata. Santana concorda com a importância do crescimento e traz Cavaco Silva para o debate. “O professor Cavaco Silva há anos que estabelece o patamar dos 3% de crescimento”.

22h03: Santana diz que não está cá para gerir, mas sim para fazer crescer. “Julgo que é preciso apostar num modelo completamente novo. Não me candidatei para gerir a situação que existe, eu acredito, firmemente, que o país precisa de entrar numa via de grande crescimento económico”. "Um dos nossos grandes desafios é ganhar mais competitivade", elencou

22h01: Depois das acusações de Santana, Rio ataca o Governo e os partidos de Esquerda.“Temos uma solução de Governo em que é impossível de dar certo em termos do futuro do país. O apoio parlamentar à esquerda dá uma governação do PS que apenas olha para o presente, apenas quer agradar aos portugueses”. "Precisamos de uma solução de Governo que olhe para o presente mas também para o futuro", acrescentou. 

21h57: A unidade dentro do PSD marca agora o debate. “Já agora, a propósito da unidade do partido. Sabes o que é que direção fez em 2009? Pôs Pedro Passos Coelho fora das listas de deputados, contigo como primeiro vice-presidente. E segundo sei, até reivindicamos um quinhão dessa decisão”. Rui Rio diz que Santana está a “inventar”.

21h54: Santana Lopes ironiza.“Estás sempre a falar do 25 de Abril. Isso é influência do Vasco Lourenço lá no almoço [na associação 25 de Abril]? Rio responde. "Fui à associação 25 de Abril falar sobre nada a ver com a governação do país. Zero. E devo-te dizer que vou a todo lado que me convidarem falar sobre esses problemas estruturais do país". 

21h53: O nome de José Pacheco Pereira começa a surgir no debate. "O teu 'compagnon de route' é Pacheco Pereira, toda a gente sabe", diz Santana Lopes. 

21h46: Pedro Santana Lopes não gostou do que ouviu e respondeu à letra a Rui Rio, acusando-o de atacar constantemente o PSD. “Se eu for candidato a primeiro-ministro, sabes quais são as histórias que virão ao de cima se eles vierem com conversas? O teu problema, sabes qual é? Na moção, em todo o lado, passas o tempo a dizer mal de mim e do PSD. Até das bases, porque eu ouvi os militantes do partido a ler a moção. Tu não tens, na moção, uma palavra de crítica, praticamente, para a frente de esquerda. Agora do PSD…o PSD tem de se reencontrar, o PSD corre o risco de acabar, o PSD tem uma crise de representativadade. Porque não dizes isto tudo do doutor António Costa?”, questiona Santana, que insinuou que o primeiro-ministro quer Rui Rio como líder da oposição. "Rui Rio é demasiado próximo de António Costa", acusou. 

"Dupont e Dupont és tu e o doutor António Costa", diz Santana Lopes. 

21h40: Depois da descontração no tratamento, a formalidade. “Uso este argumento porque aquilo que estamos a escolher é o líder do PSD cujo objetivo é derrotar o doutor António Costa e ser primeiro-ministro do país. O doutor Pedro Santana Lopes teve uma experiência como primeiro-ministro que correu manifestamente mal. Se o candidato do PSD a primeiro-ministro for o doutor Pedro Santana Lopes, todas essas fragilidades, todas essas histórias, voltam ao de cima”, acusou Rui Rio

21h37: Rio continua ao ataque e admite que não favorável à escolha de Santana Lopes para suceder a Durão Barroso. “Na altura houve uma série de individualidades no partido que não apoiaram a indicação do Pedro Santana Lopes para primeiro-ministro. Se eu na altura não o tivesse feito, a probabilidade do Pedro ser primeiro-ministro era muito mais baixa, e o partido não queria isso. Eu estive do lado do que era o interesse do partido e do país”.

21:34: Rui Rio passa ao ataque e recupera a história das “trapalhadas” durante a época em que Santana Lopes foi primeiro-ministro. “Oh Pedro, tu foste primeiro-ministro durante cinco meses e mais uns dois ou três em gestão. Naquela primeira parte, por que é que o Presidente da República atuou como atuou? Se ele fez isso é porque havia razões, e tu sabes isso perfeitamente”. E Santana responde. “Não, não sei. Oh Rui, foste meu primeiro vice-presidente e nunca me disseste isso? Foste até ao final, estiveste ali e nunca disseste isso, nem publicamente nem privadamente”. 

21h29: Vítor Gonçalves questionou os dois candidatos relativamente aos custos e ao financiamento da campanha de cada um dos partidos. Rui Rui diz que tenciona gastar 90 mil euros. “A origem são donativos, naturalmente, de pessoas que estão na campanha, que querem ajudar a campanha, que me querem ver a presidente do partido. Não há subsídios públicos nisto. Já Santana Lopes, fala em “70 e tal mil euros, resultante das mesmas origens”.

21h26: Rui Rio realça que “o subsídio público não deve ser aumentado”. “Os partidos têm de poder funcionar no seu básico garantido pelo público. O que for para aí pode e deve ser privado. O que é importante é que o donativo individual seja baixo (…) o que defendo é que o subsídio privado deve ser um subsídio de teto baixo”.

21h22: Santana Lopes: “Não considero uma prioridade, e com isto julgo já está a dizer algo. Mas quero falar sobre o assunto com a direção do grupo parlamentar, com a futura direção político do partido e com a atual”

“Julgo que o Rui parte do principio porque a natureza humana merece que desconfiemos dela. Eu acho que não. Gosto do princípio contrário, sinceramente, não é estar a armar-me em bonzinho (…) Julgo que ninguém de nós os dois se sentiu minimamente condicionado por qualquer apoio privado”.

21h16: Na mesma temática, Rui Rio manifestou, igualmente, a sua discórdia com a lei aprovada pelo Parlamento e vetada por Marcelo. “Foi uma matéria com que não lidei bem. Quando saí há 20 anos de secretário-geral do partido, estudei muito esta matéria e tenho ideias muito claras sobre isto”. Para o antigo presidente da Câmara do Porto, os partidos devem “com toda a frontalidade, explicar aos portugueses que os partidos precisam de dinheiro para sobreviver, precisam de funcionar, porque senão não existem. E eu não concebo o regime sem partidos”.

21h12: O debate inicia-se com a questão da lei do financiamento dos partidos. Santana Lopes fala em “estranheza”. “Numa matéria como esta, julgo que os dirigentes políticos têm de aprender, de uma vez por todas, que tem de ser tratada com total abertura, com toda a transparência Se se pecar, que seja por excesso”. Não me parece aceitável que os partidos passem a ter um regime financeiro mais favorável, no que depende das medidas do Estado, do que o regime que tinham até aqui”, acrescentou Santana Lopes.

21h10: Começou o debate, com 10 minutos de atraso relativamente à hora prevista.

Pedro Santana Lopes e Rui Rio são os dois candidatos à liderança do PSD. As eleições diretas estão marcadas para 13 de janeiro. Os dois oponentes enfrentam-se esta quinta-feira à noite, num debate transmitido na RTP e moderado por Vítor Gonçalves. Este é o primeiro de três debates.

No próximo dia 10, à noite, terá lugar o segundo e último frente a frente televisivo, na TVI. No dia seguinte, às 11h, haverá debate radiofónico, organizado pela Antena 1 e pela TSF.

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