Bloco quer nova lei de bases em 2018 para um SNS público e gratuito
O Bloco de Esquerda anunciou hoje que vai propor a criação de uma nova lei de bases da Saúde para garantir o acesso universal e integralmente gratuito e mais investimento público no setor.
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Política Carreira
Numa declaração política no parlamento, o deputado Moisés Ferreira disse que o BE "apresentará proposta, na Assembleia da República, para construir uma lei de bases que feche as portas aos negócios" e "abra a porta a um novo Serviço Nacional de Saúde "integralmente público".
"Uma nova lei de bases que expurga as parcerias público-privadas, verdadeiros sorvedouros de dinheiro público, do nosso SNS. Uma lei que separa o público do privado, que acaba com a promiscuidade", defendeu Moisés Ferreira.
Para o BE, 2018 deve ser o ano em que "se começa a recuperar o Serviço Nacional de Saúde dos longos anos de suborçamentação e dos longos anos de subfinanciamento" e do "mal que o PSD e o CDS-PP lhe fizeram" quando fecharam serviços e mandaram embora "milhares de profissionais".
"Quando temos falta de profissionais nos serviços de saúde, quando se espera horas nas urgências e há hospitais a internar os doentes em macas por causa da sobrelotação das enfermarias, então temos quase tudo por fazer", disse.
Num pedido de esclarecimento, o deputado do PS António Sales defendeu que a atual maioria está a "trabalhar para melhorar o acesso dos portugueses ao Serviço Nacional de Saúde", advertindo para "o problema da sustentabilidade" do sistema.
"Respeitamos a máxima universal do Serviço Nacional de Saúde universal e tendencialmente gratuito", disse.
Pelo CDS-PP, a deputada Isabel Galriça Neto disse que o partido está "disponível para melhorar a saúde dos portugueses mas não para a demagogia e para ocultar o que se passa hoje no Serviço Nacional de Saúde".
"Dois anos e meio depois de empossado este governo, é o governo anterior que é culpado pelos doentes em espera nas urgências, doentes em massa com recusa de internamentos com dias, por falhas no INEM?", questionou a deputada.
Do lado do PCP, a deputada Carla Cruz atacou o PS por "não se libertar dos constrangimentos externos, da dívida, do euro e do cumprimento do défice", considerando que aquelas opções estão a limitar o investimento público na saúde.
Já o deputado do PSD Luís Valles considerou que a proposta do BE constitui uma "deriva" e criticou o atual Executivo PS pelo "caos nas urgências dos hospitais do SNS", recusando a "conversa da estatização".
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