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Santana seria "preferível ao PS". "Porque faz menos mossa"

Simões Ilharco entende que o PSD, com ou sem CDS, "parece condenado a longa travessia do deserto na oposição".

Santana seria "preferível ao PS". "Porque faz menos mossa"
Notícias ao Minuto

22:20 - 27/12/17 por Melissa Lopes

Política Acção Socialista

Simões Ilharco assina esta quarta-feira um artigo de opinião no site associado Acção Socialista onde enaltece os sucessos alcançados pelo Governo, constrando-os com a política levada a cabo por aqueles que agora estão do lado da oposição. O jornalista tece ainda considerações sobre a disputa interna no PSD. 

Referindo-se às previsões do défice (que deverá ser inferior a 1,3%), o jornalista sublinha que 2017 "encerra com chave de ouro" devido ao bom desempenho da economia que, considera Ilharco, "deverá levar os socialistas a obter a maioria absoluta nas eleições legislativas de 2019". Do outro lado da 'barricada', está a oposição.

"Situando-se em plano diametralmente oposto, o PSD, qualquer que seja o líder, e com ou sem o CDS, parece condenado a longa travessia do deserto na oposição", afirma, sublinhando ter ficado "atónito e estupefacto" com afirmações de Cristas a propósito das contas públicas. A líder centrista afirmou que é positivo as contas estarem controladas, mas é importante saber como se chega a esse ponto. "Só se compreendia o que disse, como crítica a Passos e Portas pelo roubo aos portugueses", constata o jornalista que, todavia, não vê Cristas "a condenar o seu Governo, penitenciando-se do mal que fez".

Simões Ilharco vai mais longe e diz mesmo que "se tivesse vergonha na cara, Cristas nunca teria feito tal afirmação sobre o défice". E explica porquê: "O CDS e o PSD foram ao bolso dos portugueses, e de que maneira, e mesmo assim não conseguiram controlar as contas".

A diferença entre o Governo PS e o anterior governo, adjetiva, "é tão abismal, diria abissal, que torna incompreensível e inaceitável a afirmação da líder do CDS". No entendimento de Ilharco, sendo Cristas tão católica, "não pode apoiar publicamente, e já como líder partidária, uma política que só soube roubar nos salários e pensões.

Simões Ilharco debruça-se, mais adiante no artigo, sobre a mensagem de Natal do primeiro-ministro, onde as tragédias dos incêndios mereceram "ampla referência" de Costa que "exibiu profunda mágoa e consternação pelo sucedido".Sobre essa tema  frisa que" a tristeza e repulsa são de todos os portugueses e não só do Presidente, como, por vezes, se pretende erradamente fazer crer" e reforça que "a nossa dor e o desgosto que sentimos tão cedo não se vão apagar".

Do ponto de vista político, prossegue, 2018 será mais um ano de afirmação do acordo de Esquerda - e que dá forma à 'Geringonça' -, "embora possa haver dois dossiês, a descentralização e o Portugal 2030, que requeiram entendimentos com o PSD. Sobre a disputa interna à sucessão de Passos, Ilharco considera que era preferível, para o PS, que Santana Lopes viesse a ser o líder do partido porque "faz menos mossa". Por outro lado, "a ascensão de Rui Rio à liderança do PSD oferecia, do ponto de vista negocial, mais garantias. E também mais credibilidade", sublinha por fim.

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