“Balança está a inclinar para o lado de Santana Lopes”
Francisco Louçã fez um balanço do ano político. Elogiou Governo de uma forma geral, apesar das crises que enfrentou. Acredita que Santana será o novo líder do PSD, mas que dificilmente será alternativa a António Costa.
© Global Imagens
Política Francisco Louçã
O ano está a chegar ao fim e Francisco Louça fez um balanço do ano político em Portugal. Deixou elogios ao Governo, apesar das crises e tragédias que enfrentou com “respostas tardias nalguns casos”. Mas também criticou alguma precipitação do Governo.
“Precipitação do Governo por medo da opinião pública e das redes sociais, como aconteceu no caso do jantar no Panteão Nacional”, disse o antigo líder do Bloco na SIC Notícias.
Já no PSD Passos Coelho sai de cena e 2018 vai trazer um novo líder. Louçã atribui vantagem a Santana Lopes para já.
“Parece-me que a balança está a inclinar para o lado de Santana Lopes. Rui Rio apareceu como não alternativa à mobilização mais populista de Santana Lopes. Da troca e da apresentação de argumentos não resulta nada de legível para a opinião pública. Provavelmente os militantes votarão mais por fidelidades do que por outra coisa”, destacou Louçã, que considera que uma vitória de Santana será favorável ao Governo.
“Porque já é bem conhecido. Já foi testado eleitoralmente e na última vez que foi a votos, como primeiro-ministro cessante e já demitido pelo Presidente, foi um fracasso eleitoral e essa marca pesa muito para o eleitorado e é uma vantagem para António Costa. Que problemas é que isto põe? Há uma parte da Direita que já não tem chefe e não se revê no PSD nem no CDS. Não tem chão e podem procurar uma nova alternativa política”, afirmou.
Na análise às restantes forças partidárias, o comentador falou numa vitória do Bloco nas autárquicas em Lisboa e na “intervenção nas questões sociais, sobretudo dos recibos verdes”. Como ponto fraco, considera que o Bloco “criticou injustamente a escolha de Tiago Oliveira para liderar a unidade de missão sobre as florestas. Foi uma precipitação absoluta, é a pessoa com mais competências”.
No caso do PCP, destaque para a luta social que, no entanto, foi “gerida com cuidado para evitar um confronto excessivo com o Governo”. A derrota nas autárquicas foi um ponto negativo, tal como “alguma ideia de instabilidade e de nervosismo político. Porque é que o PCP se abstém na votação dos manuais escolares gratuitos?”, exemplificou.
Quanto ao CDS, a vitória política em Lisboa foi um dos pontos fortes mas as “dificuldades na gestão política da crise” sobressaem de forma negativa.
No dia em que Marcelo promulgou o Orçamento do Estado para 2018 e deixou alguns recados, Louçã disse que o Presidente “foi excessivo” neste caso. “Atuou mais como comentador do que como Presidente”.
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