CTT: "Privatização foi tragédia do ponto de vista económico e político"
O Bloco de Esquerda salvaguarda que o processo que pretende reduzir o número de trabalhadores dos CTT tem de ser "travado".
© Global Imagens
Política José Soeiro
José Soeiro falou aos jornalistas em nome do Bloco de Esquerda, na Assembleia da República, e referiu que é necessário “resgatar a concessão e os CTT para a esfera pública”, tendo em conta que as “obrigações não estão a ser cumpridas”.
“Quando os CTT foram privatizados, quando eram uma empresa pública, eram uma empresa que dava lucro e cumpria os índices de qualidade do serviço”, recorda o deputado, alertando para a ideia de que “a privatização foi uma tragédia do ponto de vista económico e do ponto de vista político”.
Nesta senda, e referindo que a empresa está a ser “desmantelada e destruída”, José Soeiro explicou que “a empresa alienou património, tem muito menos trabalhadores, um grau de incumprimento das suas obrigações de serviço público ao nível do serviço postal que é tão grave que já motivou a ANACOM a passar multas por incumprimento das obrigações a que está veiculada pelo contrato de concessão”.
“O projeto agora anunciado de reestruturação agrava e radicaliza este processo de degradação e desmantelamento da empresa, porque continua e acentua-se a alienação de património. Com o número de trabalhadores que hoje os CTT têm já não conseguem cumprir as obrigações que estão relacionadas com o contrato de concessão, portanto com menos 800 trabalhadores como é possível cumprirem as obrigações que hoje já não cumprem?”, questiona.
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