Aprovadas resoluções para reflorestação do pinhal de Leiria
A Assembleia da República aprovou hoje projetos de resolução do PSD, PS, CDS, PCP, Bloco de Esquerda e parcialmente um texto do PAN para a reflorestação, valorização e adoção de medidas de proteção do pinhal de Leiria.
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Política Parlamento
Estas votações tiveram lugar no parlamento precisamente dois meses depois dos trágicos incêndios de outubro passado na região Centro do país e em que o histórico pinhal de Leiria foi um dos locais devastados.
Tirando alguns artigos apresentados pelo PAN (Pessoas-Animais-Natureza) referentes a aspetos específicos da futura ação de reflorestação, que foram rejeitados pelo PSD e PCP, os deputados aprovaram na maioria das vezes sem votos contra, ou por unanimidade, os diferentes projetos em apreciação.
O PCP, no seu projeto, que foi aprovado por unanimidade, considera que "uma das questões centrais para evitar mais tragédias como esta é uma maior responsabilização do Estado na gestão da floresta, na prevenção e combate a incêndios e no ordenamento do território e combate à desertificação".
No mesmo diploma, a bancada comunista manifesta repúdio por soluções de privatização ou municipalização do pinhal de Leiria.
"O problema do pinhal de Leiria não é o princípio da gestão pública pelo Estado, mas sim a carência de meios para que essa gestão seja eficiente e de qualidade e o progressivo desinvestimento do Estado neste importante recurso e património nacional essencial para o equilíbrio ambiental em Portugal", sustenta-se.
Enquanto o CDS-PP recomenda ao Governo que apresente um plano de reflorestação do Pinhal de Leiria, assegurando a manutenção das características que estiveram na sua origem, o PSD aponta que a área ardida em outubro passado foi superior a 80%".
Ora tal, para os sociais-democratas, "desmistifica o facto de os incêndios florestais estarem unicamente relacionados com a falta de prevenção ao nível do ordenamento rural e da floresta portuguesa. Na verdade, os incêndios rurais são um enorme desafio para o nosso país e não podem ser encarados sem uma visão integrada do território, da estrutura fundiária da propriedade, das economias locais e principalmente da viabilidade e exequibilidade dos planos de prevenção e combate a catástrofes", refere-se no diploma do PSD.
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