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"O discurso orçamental do PSD e do CDS desvaneceu-se"

Antigo líder bloquista analisou o debate quinzenal da passada quarta-feira, nomeadamente a mudança do Infarmed para o Porto e a eleição de Mário Centeno para a presidência do Eurogrupo.

"O discurso orçamental do PSD e do CDS desvaneceu-se"
Notícias ao Minuto

23:17 - 08/12/17 por Pedro Bastos Reis

Política Francisco Louçã

O debate quinzenal ficou marcado por dois temas: as explicações do primeiro-ministro, António Costa, relativamente à mudança do Infarmed de Lisboa para o Porto e a eleição de Mário Centeno para a presidência do Eurogrupo. 

No seu espaço de comentário semanal na SIC Notícias, Francisco Louçã, começando pelo Infarmed,  deixou críticas tanto a António Costa como ao PSD - o primeiro por ter falhado na comunicação, o segundo por não assumir uma posição assertiva sobre o tema.

“Se a ideia existia há um ano, como é que não foi discutida com a administração do Infarmed ou com os trabalhadores? Como é que, em setembro, quando se faz o plano estratégico do Infarmed, não há nenhuma referência a essa matéria?”, questionou o antigo líder do Bloco de Esquerda que considera que as explicações ficaram numa situação “nebulosa”, dando razão ao primeiro-ministro quando este reconheceu a falha na comunicação. “Numa coisa o primeiro-ministro tem razão: desastre absoluto de relações públicas, porventura decisão muito improvisada neste contexto”.

Já em relação ao PSD, Louçã diz que o partido “não quer nem deixa de querer o Infarmed no Porto, porque não quer nem contrariar opiniões em Lisboa nem contrariar opiniões no Porto”.

Mas para o economista este não foi o único assunto a comprometer o partido ainda liderado por Pedro Passos Coelho. A “palavra não pronunciada”, isto é, “presidência” do Eurogrupo, deixou, segundo Francisco Louçã, PSD e CDS sem discurso.

“O discurso do PSD e do CDS era o ‘estamos perante um desastre orçamental’. Mário Centeno é escolhido para a presidência do Eurogrupo e na escala de valores do PSD e do CDS chegou ao Olimpo e foi consagrado como um arauto da religião do rigor e das contas orçamentais. O discurso orçamental do PSD e do CDS desvaneceu-se”, rematou.

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