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PSD considera que piores resultados na educação se devem a Governo PS

O PSD considerou hoje que o pior desempenho dos alunos portugueses num estudo internacional sobre leitura se deveu à instabilidade criada pelo atual Governo na educação no início do seu mandato, incluindo a desvalorização da avaliação externa.

PSD considera que piores resultados na educação se devem a Governo PS
Notícias ao Minuto

18:23 - 05/12/17 por Lusa

Política Amadeu Albergaria

Em declarações aos jornalistas no parlamento, o deputado e vice-presidente da bancada do PSD Amadeu Albergaria criticou o PS e o Ministério da Educação por terem culpabilizado o anterior ministro Nuno Crato e o anterior governo PSD/CDS-PP pelo pior desempenho dos alunos portugueses do 4.º ano num estudo internacional sobre leitura entre 2011 e 2016.

"Em 2016, quando estes alunos foram sujeitos ao teste PIRLS foi precisamente quando o Governo criou uma instabilidade nas escolas, alterando o currículo mas essencialmente desvalorizando as avaliações externas com o final dos exames", acusou o deputado social-democrata.

Os alunos portugueses do 4.º ano pioraram o seu desempenho em leitura entre 2011 e 2016, segundo a avaliação internacional do Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS) hoje divulgada.

Questionado sobre o facto desta avaliação ter ocorrido apenas dois meses depois do Governo socialista ter entrado em funções, Amadeu Albergaria salientou que o executivo socialista "mal entrou em funções terminou com os exames do quarto ano e desvalorizou as avaliações externas, transmitindo uma mensagem errada às escolas".

"O governo anterior, no que concerne a testes internacionais, apresentou sempre ótimos resultados, ao contrário deste Governo", acusou o deputado social-democrata, referindo-se em concreto ao resultado do estudo hoje divulgado e aos dados sobre o aumento da taxa de abandono escolar.

Para o vice-presidente da bancada do PSD, "não será com a diminuição das horas de português" que os resultados dos alunos portugueses poderão melhorar.

"Não é com menor exigência que vamos conseguir alterar esses resultados e muito menos culpabilizando o anterior governo que, ao contrário deste, sempre obteve bons resultados internacionais", salientou.

Amadeu Albergaria sublinhou que, nas reações ao estudo PIRLS, os diretores de escolas não apontaram culpas ao anterior Governo "mas à instabilidade que este governo criou logo no início do seu mandato e desvalorização das avaliações externas"

O PS tinha responsabilizado hoje o anterior governo PSD/CDS-PP e o ex-ministro da Educação Nuno Crato pelos resultados do estudo PIRLS.

"Este estudo revela aquilo que o PS veio a dizer enquanto oposição ao governo anterior uma vez que este estudo reflete a escola de Crato: uma escola a preto e branco, que alterou a matriz curricular, tornando-a rígida, pesada, onde acima de tudo se descurou as aprendizagens essenciais", criticou a deputada e vice-presidente da bancada do PS Susana Amador.

Pela segunda vez, um grupo de crianças portuguesas, com 9 e 10 anos, participaram neste estudo internacional que se realiza de cinco em cinco anos para avaliar as capacidades de leitura em papel (PIRLS) e de leitura online (ePIRLS).

Em Portugal, 4.558 alunos de 218 escolas (91,3% públicas e 18% privadas) realizaram as provas e, numa escala de mil pontos, os portugueses conseguiram 528 pontos, colocando o país em 30.º lugar de uma lista de 50 países encimada pela Rússia (581 pontos), Singapura (576) e Hong Kong (569).

"Portugal teve uma descida significativa de 13 pontos" em relação aos resultados das provas realizadas em 2011, afirmou Helder Sousa, presidente do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE).

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