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PCP adverte para eventuais tentativas do Governo de acentuar restrições

O PCP considerou hoje que a eleição de Mário Centeno para o Eurogrupo nada traz de positivo para Portugal e advertiu que combaterá eventuais tentativas do Governo de acentuar restrições ao investimento público.

PCP adverte para eventuais tentativas do Governo de acentuar restrições
Notícias ao Minuto

18:17 - 04/12/17 por Lusa

Política Eurogrupo

"O PCP alerta para o uso que o Governo do PS, no quadro das suas opções e em sintonia com as do PSD e do CDS, venha a fazer desta decisão para acentuar a recusa ou limitações às medidas necessárias ao desenvolvimento do país", afirmou o eurodeputado comunista João Ferreira.

Numa declaração lida na sede do PCP, em Lisboa, João Ferreira advertiu que "o PCP combaterá" eventuais tentativas do Governo ou do PS para, usando como pretexto a eleição do ministro português das Finanças para a presidência do Eurogrupo, recusar dar resposta "ao problema do insuficiente investimento público, da melhoria dos serviços públicos, do combate à injustiça fiscal e do aumento dos salários".

Questionado pelos jornalistas sobre se a eleição de Mário Centeno acarretará dificuldades no relacionamento entre o Governo e o PCP, que subscreveu uma posição conjunta para a viabilização do Executivo minoritário do PS, João Ferreira respondeu que a medida de avaliação da atual solução política "será sempre em que medida estão ou não a ser recuperados os direitos e em que medida se está ou não a responder a problemas candentes do país".

Considerando que "não há propriamente nada de novo" no que toca às posições do PS face às imposições económicas e monetárias da zona euro, João Ferreira admitiu que a designação "pode implicar essa tentativa de densificar e tornar mais férreo esse conjunto de imposições e limitações".

Para o PCP, a eleição de Mário Centeno "encerra em si uma contradição entre o caminho aberto pela atual fase da vida política nacional, com os seus inegáveis reflexos positivos, e os compromissos associados ao cargo".

"Se isso acontecer, será algo que o PCP combaterá", disse.

João Ferreira advertiu que "só uma ilusão desligada da realidade institucional da União Europeia (..) é que pode ver na designação do ministro das Finanças português uma qualquer alteração das políticas e opções da União Europeia".

A eleição "não representa uma decisão positiva para a defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo português", disse.

O ministro das Finanças foi hoje eleito presidente do Eurogrupo, ao impor-se na segunda volta da votação realizada em Bruxelas, anunciou o Conselho da União Europeia.

Centeno torna-se, assim, o terceiro presidente da história do fórum de ministros das Finanças da zona euro, depois do luxemburguês Jean-Claude Juncker e do holandês Jeroen Dijsselbloem, assumindo funções em janeiro próximo.

Mário Centeno iniciará a 13 de janeiro um mandato de dois anos e meio, até meados de 2020.

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