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"Não é possível presidir ao Eurogrupo e depois prevaricar dentro de casa"

O PSD reagiu à eleição de Mário Centeno para a presidência do Eurogrupo pela voz do deputado Duarte Pacheco. Depois da “palavra de saudação”, o social-democrata deixou um aviso.

"Não é possível presidir ao Eurogrupo e depois prevaricar dentro de casa"
Notícias ao Minuto

17:51 - 04/12/17 por Ana Lemos

Política PSD

um cargo relevante” e que por isso, merece uma “palavra de saudação”, começou por sublinhar o deputado social-democrata, sobre a eleição, esta segunda-feira, do ministro português das Finanças para a liderança do Eurogrupo. 

“Isto significa”, prosseguiu, e na senda do que já antes tinha referido o Presidente da República, “um aumento da responsabilidade de Portugal”, que fica assim “ainda mais comprometido com as regras e disciplina europeias”.

O que agrada ao PSD, manifestou o deputado. “Sabemos que o Governo português, que já assumia isso como um compromisso de Estado, tem agora um compromisso pessoal também”, porque, vincou Duarte Pacheco, “não é possível presidir ao Eurogrupo e depois prevaricar dentro de casa”.

“Isso significa para nós [PSD] que as políticas de rigor orçamental não vacilarão e que continuarão no rumo que foi iniciado em 2011 e que permitiram a Portugal ganhar credibilidade para que hoje um compatriota nosso possa presidir ao Eurogrupo”, afirmou, em declarações aos jornalistas no Parlamento.

Sustentando esta ideia, Duarte Pacheco lembrou que, em 2011, se Portugal, que estava sob o Procedimento por Défice Excessivo (PDE), “não tivesse iniciado aí um percurso de reduzir o défice de 11% para 3% em 2015, e agora para 1,1% o que está previsto para o próximo ano”, ou seja, um caminho “de recuperação da credibilidade perdida, sem dúvida” que hoje a eleição de Mário Centeno “não seria possível”.

"Para que hoje se chegasse a este ponto" foi necessário "muito trabalho feito, e muitos sacrifícios de todos os portugueses", rematou o social-democrata.

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