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Marcelo. Incêndios marcaram ano interventivo e junto das populações

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, eleito pelos jornalistas da agência Lusa personalidade nacional do ano, continuou em 2017 um mandato intenso, interventivo e junto das populações, que teve os incêndios com ponto mais marcante.

Marcelo. Incêndios marcaram ano interventivo e junto das populações
Notícias ao Minuto

10:13 - 04/12/17 por Lusa

Política 2017

O chefe de Estado afirmou no final de novembro que os fogos de junho e de outubro, que mataram mais de cem pessoas, foram "o ponto mais doloroso" da sua presidência e, nesse sentido, "o mais baixo, do ponto de vista de sacrifício dos portugueses".

Marcelo Rebelo de Sousa, que completa neste mês 69 anos, foi eleito em 24 de janeiro de 2016, com 52% dos votos, e tomou posse em 09 de março desse ano, após um ciclo de dez anos de Aníbal Cavaco Silva em Belém.

Depois de ser eleito, o ex-comentador político e professor universitário de Direito elencou os seguintes princípios para o seu mandato presidencial: "Afetos, proximidade, simplicidade e estabilidade".

Como Presidente da República, inovou no desempenho do cargo, distinguindo-se no contacto próximo e informal com os cidadãos, na agenda intensa e presença mediática constante, em contraste com o estilo mais contido e formal do seu antecessor.

Mostrou diferenças também na interpretação da função presidencial, desde logo na desdramatização da atual solução governativa - um Governo minoritário do PS suportado por acordos parlamentares com PCP, BE e "Os Verdes" - e no acompanhamento permanente e ativo da governação e da atividade política, "muito interventivo", como o próprio descreveu.

Em 2017, Marcelo Rebelo de Sousa começou o ano a saudar a estabilidade social e política, a aprovação de dois orçamentos do Estado, mas advertindo que era preciso "crescer muito mais" - uma mensagem que foi repetindo desde então.

No frio do inverno, teve várias iniciativas de apoio e sensibilização para a situação das pessoas sem-abrigo, que se prolongaram ao longo do ano, em que manteve este tema na agenda. Distribuiu refeições, ajudou a vender a revista Cais e chamou associações para repetidas reuniões, envolvendo o Governo.

A visita apostólica do papa Francisco a Portugal, por altura do centenário de Fátima, foi um momento especial para Marcelo Rebelo de Sousa, que se juntou à celebração religiosa como Presidente e também "como peregrino", conforme disse na altura.

Na sequência dos incêndios de junho e dos de outubro, o chefe de Estado foi imediatamente para o terreno, esteve em todos os concelhos onde houve vítimas mortais, contactou de perto com as populações atingidas e pediu ao Governo ação urgente. As relações entre os dois órgãos de soberania mudaram.

A seguir aos fogos de outubro, o Presidente falou ao país e pediu ao parlamento uma clarificação do seu apoio ao executivo do PS para "se evitar um equívoco" ou "reforçar o mandato para as reformas inadiáveis", face à moção de censura apresentada pelo CDS-PP.

Marcelo Rebelo de Sousa, que tinha definido as eleições autárquicas de outubro deste ano como um ponto de eventual viragem para maior instabilidade, defendeu que os incêndios impunham um "novo ciclo", com prioridade à reparação dos danos e à prevenção de novas tragédias.

Este seu ano de mandato teve como outros momentos de destaque a deslocação, dividida em duas partes, às nove ilhas da Região Autónoma dos Açores e a visita de Estado a Cabo Verde, que apontou como "um exemplo" de democracia no contexto africano.

Marcelo Rebelo de Sousa utilizou cinco vezes o poder de veto político, em relação a três diplomas do parlamento sobre a gestação de substituição, os transportes do Porto e de Lisboa e a dois decretos do Governo sobre acesso a informação bancária e sobre o estatuto da GNR.

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