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"Centeno no Eurogrupo é uma válvula de segurança para o rigor orçamental"

Marques Mendes entende que Mário Centeno como presidente do Eurogrupo será uma notícia positiva para o Governo e para Portugal. Mas causará "amargos de boca" ao Bloco e ao PCP.

"Centeno no Eurogrupo é uma válvula de segurança para o rigor orçamental"
Notícias ao Minuto

21:30 - 03/12/17 por Melissa Lopes

Política Marques Mendes

Luís Marques Mendes comentou este domingo, no seu espaço televisivo, a candidatura de Mário Centeno a presidente do Eurogrupo, eleição que decorre amanhã em Bruxelas. Para o social-democrata, o facto de muito possivelmente o ministro português ser amanhã eleito presidente do Eurogrupo é “bom” a vários níveis.

Desde logo, para o próprio Mário Centeno. “Valoriza o seu currículo, é um reconhecimento do seu trabalho, dos resultados obtidos e dá-lhe dimensão internacional”, começou por dizer Marques Mendes.

Na sua opinião, Centeno nesse cargo europeu é também positivo para o país. “Digo, sem margem para dúvidas, que isto é bom para Portugal”.

Isto porque, considerou, “é prestigiante”. “Pode não dar nenhum resultado em concreto, mas dá prestígio. Um país que há três anos era conhecido por estar sob resgate, e que passados três anos preside ao Eurogrupo obviamente que é uma grande reviravolta”, fundamentou assim a sua posição.

Depois, prosseguiu, no próximo ano dar-se-á a reforma da Zona Euro e o ministro português das Finanças vai participar, pelo menos, na “concretização do modelo”. “Claro que não vai ser Mário Centeno e Portugal a ditar o modelo. Isso, em grande medida, é uma decisão da França e da Alemanha e dos líderes europeus.  Mas vai participar. E participando pode ter alguma intervenção ativa”, assinalou.

Por outro lado, referiu o comentador, Mário Centeno no Eurogrupo “é uma válvula de segurança, no sentido de maior disciplina orçamental em Portugal”. Quer isto dizer que Centeno será “uma válvula de segurança contra excessos de despesismo, contra aventuras financeiras, contra derrapagens orçamentais”, referiu, sublinhando: “Quem preside tem que dar o exemplo”.

Por fim, termos o governante português numa instituição europeia causou “amargos de boca” aos parceiros de coligação, Bloco e PCP porque, analisou ainda Marques Mendes, é como ter um representante “junto do inimigo”. E tal significa que “a margem do próximo orçamento para fazer algumas experiências financeiras diminui em vez de aumentar”, frisou.

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