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Candidato comum a Bruxelas é risco que socialistas têm de assumir

O eurodeputado socialista Carlos Zorrinho defendeu hoje que chegou o momento da família social-democrata europeia assumir os riscos de ter um candidato comum em 2019 para a presidência da Comissão Europeia e uma agenda que suscite debate e paixões.

Candidato comum a Bruxelas é risco que socialistas têm de assumir
Notícias ao Minuto

19:45 - 01/12/17 por Lusa

Política Carlos Zorrinho

Carlos Zorrinho, líder da delegação do Partido Socialista português no Parlamento Europeu, falava hoje na reunião do Partido Socialista Europeu (PSE), a decorrer hoje e sábado em Lisboa, nas poucas intervenções feitas em português.

"Precisamos de um candidato comum que dê força a uma agenda comum e de uma agenda comum que ajude a projetar e a valorizar o candidato comum", afirmou o eurodeputado português, durante a sua breve intervenção diante dos mais de 300 delegados presentes no pavilhão Carlos Lopes.

Já em declarações à Lusa, Carlos Zorrinho frisou que até hoje, "em Portugal e nos outros países", as "agendas nacionais sobrepuseram-se sempre" ao desígnio de escolher um candidato comum da família social-democrata europeia.

E lembrou o caso das eleições de 2014, ano em que esta família política tinha "um grande candidato", o ex-presidente do Parlamento Europeu e líder do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), Martin Schulz.

"Se não houver uma agenda comum, com três ou quatro grandes bandeiras em relação, por exemplo, a harmonização fiscal, aos custos próprios da União Europeia, à existência ou não de um rendimento básico ou em relação ao acesso à Internet para todos (...). Se não houver uma agenda deste tipo dificilmente o candidato e a agenda internacional suplantam as agendas nacionais", defendeu.

Apesar dos riscos destas medidas, que poderão ser "verdadeiramente disruptivas" e que poderão ter "muita gente contra", o eurodeputado socialista acredita que esse é o grande desafio para 2019.

"Sem esse risco de ter muita gente a favor e muita gente contra dificilmente se chegará à vitória e ficar comodamente em segundo ou terceiro lugar não é para a matriz socialista", salientou.

"Por vezes eu sinto que os sociais-democratas são um pouco uma opção política de que se gosta, mas que não se ama nem se odeia. E por isso não suscita grande debate e ao não suscitar grande debate também não suscita grandes paixões e sem suscitar paixões não se consegue vencer pelo menos da forma que eu acho que devemos vencer que é de facto termos uma maioria consistente para transformarmos a Europa e para ajudarmos a transformar o mundo", reforçou Zorrinho.

E quando questionado sobre um potencial perfil de um candidato comum, o eurodeputado disse, apesar de ainda ser "muito cedo", que a família social-democrata europeia "tem gente muito boa", a começar "por António Costa, mas também Federica Mogherini [atual Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança] ou Pierre Moscovici [atual comissário europeu dos Assuntos Económicos], como tantos outros por essa Europa fora".

Em fevereiro deste ano, o atual presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse que só tencionava cumprir um mandato na liderança do executivo comunitário e que não iria concorrer em 2019.

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