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"Mário Centeno é o representante legítimo do sucesso do país"

O porta-voz do PS, João Galamba, defendeu hoje que a candidatura do ministro das Finanças, Mário Centeno, à presidência do Eurogrupo representa o "exportar do sucesso" da alternativa política portuguesa.

"Mário Centeno é o representante legítimo do sucesso do país"
Notícias ao Minuto

16:24 - 30/11/17 por Lusa

Política João Galamba

"Portugal teve a coragem de procurar um caminho alternativo e teve resultados muito positivos que surpreenderam não só muita gente em Portugal, como no mundo. Está na altura de exportar esse sucesso e Mário Centeno é o representante legítimo deste sucesso do país", afirmou o vice-presidente do grupo parlamentar socialista, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

João Galamba frisou que o grupo parlamentar do PS "sempre disse, desde o final de 2015, que a alternativa empreendida pela nova maioria de esquerda era fundamental não só para Portugal, mas também para a Europa".

"Era importante mostrar que havia uma alternativa e que essa alternativa resultava. Esta candidatura de Mário Centeno é o corolário dessa afirmação", salientou.

Questionado se uma eventual eleição de Centeno para a presidência do Eurogrupo poderá dificultar as relações com BE e PCP, o porta-voz do PS respondeu negativamente.

"Esta candidatura é positiva para o país e, num certo sentido, a extensão dos sucessos desta maioria parlamentar e deste Governo nos últimos dois anos. É para a continuidade das políticas e não para a reversão das políticas que nós apoiamos e valorizamos esta candidatura" disse.

De acordo com João Galamba, o PS quer Mário Centeno a presidir ao Eurogrupo "não por ser um português", mas por entender que "a alternativa portuguesa de políticas merece ser valorizada não só cá dentro, como lá fora".

Para o deputado socialista, esta candidatura "seria um problema" para a atual solução governativa se Mário Centeno "fosse o representante de uma certa ortodoxia que foi derrotada nos últimos dois anos".

"Não, a candidatura de Mário Centeno não é para trazer o Eurogrupo para Portugal, mas Portugal para o Eurogrupo", defendeu.

João Galamba salientou que, neste momento, a União Europeia vive um período de decisões fundamentais sobre o futuro da moeda única, o completar da união bancária e de prioridade ao emprego.

"É fundamental que tenhamos alguém com uma visão alternativa das políticas europeias, compatíveis obviamente com o respeito pelas metas orçamentais e desígnios da União Europeia, mas que mostre que não há uma política única na Europa", realçou.

O Governo português anunciou formalmente hoje, ao final da manhã, a candidatura de Mário Centeno à eleição para a presidência do fórum de ministros das Finanças da zona euro, que decorrerá na próxima segunda-feira, em Bruxelas.

A corrida à presidência do Eurogrupo terá outros três candidatos, anunciou hoje o Conselho Europeu: Pierre Gramegna (Luxemburgo), Peter Kazimir (Eslováquia) e Dana Reizniece-Ozola (Letónia).

Em conferência de imprensa, o ministro das Finanças português disse que, se for eleito, pretende dar "um contributo construtivo", mesmo que "crítico às vezes" para "encontrar caminhos alternativos".

O primeiro-ministro, António Costa, salientou que a candidatura portuguesa à presidência do Eurogrupo procura estabelecer consensos e "reunir todos" à volta dos desafios que a moeda única europeia enfrenta e das reformas de que precisa.

Mário Centeno, 50 anos, natural de Olhão, Algarve, é ministro das Finanças desde 26 de novembro de 2015 e é apontado agora pela generalidade da imprensa internacional como o grande favorito ao cargo, depois de ter sido o 'eleito' entre os potenciais candidatos dos Socialistas Europeus, a família política com mais possibilidades de garantir (neste caso, manter) o posto até agora ocupado pelo holandês Jeroen Dijsselbloem.

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