Na crónica que assina esta semana na Ação Socialista, Simões Ílharco, coloca de parte a hipótese de poder estar a chegar ao fim o acordo de Esquerda.
Para o socialista, o “caminho faz-se caminhando”, desvalorizando assim o “arrufo de namorados” entre Costa e o Bloco de Esquerda, sobre a energia. E embora lembre que Jerónimo de Sousa tenha afirmado que “na legislatura seguinte pode não ser necessária uma posição conjunta”, isso não significa que “não possa continuar a haver convergência na Esquerda”.
“Em nenhum passo da entrevista de Jerónimo se diz que o acordo está comprometido. A forma como ele se concretiza é que pode variar. Mas não é líquido que assim seja. O secretário-geral do PCP não foi taxativo, perentório. Limitou-se a dizer que poderá não ser necessária uma posição conjunta”, atira, acrescentado que considera ser prematuro “falar da segunda legislatura, sem a primeira ter acabado”.
"É pôr o carro à frente dos bois", considera.
“Com o Orçamento já aprovado, o futuro perspetiva-se sem grandes sobressaltos, como, aliás, tenho vindo a dizer”, refere, enaltecendo ainda “a força, a determinação e as ganas para lutar pelo PS “ que António Costa demonstrou no jantar que assinalou dos dois anos do partido no poder, que se realizou na segunda-feira.