"É inadmissível não existirem medidas de apoio à alimentação animal"
O PSD criticou hoje o Governo por não ter adotado mais medidas de apoio à alimentação animal, destinadas a agricultores do Baixo Alentejo afetados pela seca, além de uma linha de crédito e de autorizar pastoreio de pousios.
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Política Seca
"É inadmissível não existirem medidas de apoio à alimentação animal, além da autorização de pastoreio dos pousios e da linha de crédito", o que é "muito curto, uma vez que as dificuldades são imensas", refere a deputada do PSD por Beja Nilza de Sena.
A posição de Nilza de Sena surge num comunicado que enviou à agência Lusa após ter questionado, juntamente com outros três deputados do PSD, o Ministério da Agricultura sobre os apoios do Governo PS "aos agricultores que sofrem com a seca extrema no Baixo Alentejo".
Os deputados Nilza de Sena, Nuno Serra, Maurício Marques e Álvaro Batista questionam "como é possível que este Governo, que diz incessantemente que acabou com austeridade, não tenha outros tipos de medidas de apoio à alimentação animal senão a autorização do pastoreio dos pousios e uma linha de crédito, que apenas coloca as empresas numa situação financeira mais frágil".
Os parlamentares querem saber "qual é a taxa de adesão" à linha de crédito, já que a informação de que dispõem é que "não está a ser utilizada pelos produtores pecuários, não porque não necessitem, mas porque em termos financeiros não é exequível", e que outras medidas de apoio à tesouraria das empresas agrícolas e pecuárias estão a ser equacionadas pelo Governo.
Segundo os deputados, atualmente, vive-se "um período de seca extrema que se prolonga desde 2015", já "obrigou" à implementação de planos de contingência para o abeberamento animal e "tem obrigado os produtores pecuário a utilizar, e na maioria dos casos a esgotar, as suas reservas de alimentos".
"Com os três anos de seca, os produtores pecuários têm sido obrigados a adquirir forragens", porque não lhes "tem sido possível produzir as suas próprias reservas", o que "impõe" um "esforço suplementar sobre a tesouraria das empresas agrícolas" e "obriga" os empresários a recorrer aos créditos para alimentar os seus efetivos pecuários, explicam.
Os deputados lembram que em 2012, durante o "período mais crítico do ajustamento financeiro imposto pela troika" e devido à seca que se viveu naquele ano, o anterior Governo PSD/CDS-PP "concedeu um apoio a fundo perdido aos produtores pecuários de ruminantes no âmbito de uma medida de apoio à alimentação animal".
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