POUPANÇA NO MINUTO
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"Os partidos dependem uns dos outros, mas mantêm caminhos diferentes"
Carlos César admite não estar interessado em confundir-se com PCP e Bloco de Esquerda em alguns domínios. “ Os nossos parceiros transmitem-nos impulsos que nos tornam mais ousados. Nós transmitimos outros impulsos que os tornam menos extremistas”, afirmou.
© Global Imagens
Política Carlos César
Carlos César falou à SIC Notícias sobre o dito por não dito relativamente à contribuição para as empresas produtoras de energias renováveis que fez tremer a Geringonça, no dia da aprovação do Orçamento do Estado para 2018.
“O Bloco de Esquerda apresentou uma proposta sobre a matéria. A primeira proposta foi rejeitada liminarmente por todos. A segunda proposta, já reformulada, foi conversada com alguns membros do Governo”, começou por explicar o líder parlamentar dos socialistas.
“O PS e o Governo mantiveram uma reflexão sobre este tema. Votámos favoravelmente a segunda proposta para não prejudicar a sua aprovação, condicionando-a a uma nova votação. Fizemos a nossa reflexão e entendemos que seria precipitado adotar esta contribuição sem que houvesse uma reflexão mais apurada sobre as suas consequências, sobre os seus impactos reputacionais e sobre os seus impactos jurídicos”, justificou o deputado socialista.
Após justificar o que o Bloco de Esquerda considerou um “volte face”, Carlos César falou ainda da relação entre os partidos que compõem a atual solução governativa.
“Os partidos dependem uns dos outros, mas mantêm caminhos diferentes. Os nossos parceiros transmitem-nos impulsos que nos tornam mais ousados. Nós transmitimos outros impulsos que os tornam menos extremistas, mais responsáveis e conscientes da realidade e daquilo que é possível fazer em cada momento”, afirmou.
“Eu sou um europeísta, acredito que a NATO tem um papel fundamental na regulação mundial. São questões que me dividem do PCP e do Bloco de Esquerda, não estou interessado em confundir-me com eles nesses domínios”, sublinhou o líder parlamentar do PS.
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