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Professores: "Porta negocial está aberta, o que já devia ter sido feito"
Francisco Louçã comentou esta sexta-feira, no seu espaço de opinião da SIC Notícias, a questão das carreiras congeladas dos professores.
© GlobalImagens
Política Francisco Louçã
Estes últimos dias ficaram marcados pelo conflito entre os professores e o Governo no que respeita à reposição dos retroativos de nove anos de congelamento de carreiras daquele setor. Embora com uma atuação pejada de incerteza por parte do Governo durante este processo, tanto António Costa como Marcelo Rebelo de Sousa alinharam posições na altura de afirmar que será “uma ilusão” pensar que se pode regressar ao patamar em que se estava antes da crise.
Francisco Louçã explicou, no seu espaço de comentário da SIC Notícias, que a assinatura de um protocolo com os professores “não define nenhuma regra mas abre um processo negocial” entre as duas partes “e isso satisfez os sindicatos”.
O antigo líder do Bloco de Esquerda sublinhou, porém, que “se houver, mesmo que faseadamente, uma reposição total ou parcial da parte perdida dos salários acumulados ao longo destes anos, então isso terá um custo orçamental”. Esse facto faz com que “ambas as partes” mostrem, “em todo o caso, bastante prudência a esse respeito”.
Mesmo com esta incerteza, defende Louçã, a “porta negocial está aberta, que era o que devia ter sido feito há muito tempo”.
No que respeita ao Orçamento do Estado para 2018, o comentador deixou claro que “é um Orçamento feito pelo Governo com a coerência das suas propostas”, considerando que “seria um exagero” dizer que tenha mais a marca do PCP ou do Bloco de Esquerda, conforme foi inquirido pelos moderadores do seu espaço de comentário.
“É um Orçamento bem negociado em algumas matérias, como o IRS, e mal negociado em matérias como, por exemplo, o acordo sobre o adiamento da possibilidade dos custos fiscais para a banca em 19 anos”, afirmou.
Pode assistir ao comentário, na íntegra, abaixo:
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