Conselho Nacional do PSD reúne-se na quinta-feira com OE2018 na agenda
O PSD reúne na quinta-feira o Conselho Nacional, órgão máximo do partido entre Congressos, para debater o Orçamento do Estado para 2018, com votação final global agendada para segunda-feira, disse à Lusa fonte oficial social-democrata.
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Política Reunião
Esta reunião do Conselho Nacional do PSD, marcada para as 21:30 num hotel em Lisboa, é habitual antes da votação dos orçamentos e tem apenas outro ponto na ordem de trabalhos, a "análise da situação política".
Em outubro, o Conselho Nacional do PSD reuniu-se duas vezes: a primeira, no dia 03, para analisar os resultados das autárquicas de 01 de outubro -- um dos piores de sempre para os sociais-democratas -, que acabaria por ficar marcada pelo anúncio do presidente do partido, Pedro Passos Coelho, de que não se recandidataria ao cargo por entender ser mais vantajoso para o PSD ter uma nova liderança.
"Ficar seria oferecer a caricatura de que estamos agarrados ao poder interno, explorando a gratidão dos militantes, a resistir em vez de construir", justificou então.
O órgão máximo do partido entre Congressos voltou a reunir-se menos de uma semana depois, em 09 de outubro, para marcar o calendário eleitoral interno: eleições diretas para escolher o presidente do partido em 13 de janeiro e o Congresso em 16, 17 e 18 de fevereiro, em Lisboa.
Quanto ao Orçamento do Estado, o PSD votou contra na generalidade por considerar que o documento "não está orientado para o futuro", nem serve "o interesse coletivo", segundo justificou Passos Coelho, nas jornadas parlamentares do partido.
Nessa ocasião, o presidente do PSD aconselhou os partidos que apoiam o atual Governo minoritário do PS a discutirem "muito bem entre si" as alterações ao Orçamento, dizendo que não é por os sociais-democratas estarem a preparar diretas que "poderão pôr o PSD na posição embaraçosa de suportar um orçamento".
"Até eu ceder o meu lugar àquele que vier a seguir a mim, não é o PSD que suporta este Governo, nem os seus orçamentos errados", garantiu.
Os sociais-democratas apresentaram quase cem propostas de alteração ao documento, para tentar "mitigar os efeitos mais negativos" de um orçamento que classificaram de "mau" e "incorrigível".
O PSD vai propor, no Orçamento do Estado de 2018, limites para as cativações de verbas a 1,5% da despesa orçamentada, o fim do chamado 'imposto Mortágua' - o adicional do IMI criado para o orçamento deste ano - e um "agravamento significativo", de 7,5% para 12,5%, da taxa de imposto no caso de imóveis detidos por sociedades sediadas em 'offshore'.
Entre as propostas dos sociais-democratas, contam-se várias de apoio ao interior e destinadas a famílias e empresas afetadas pelos incêndios deste verão.
O PSD apresentou também alterações na área da reabilitação urbana e do reforço do montante previsto para a alimentação de reclusos nos serviços prisionais.
O debate na especialidade do Orçamento do Estado vai decorrer entre quarta e sexta-feira e a votação final global está agendada para a próxima segunda-feira, 27 de novembro.
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