Docentes: Tempo de serviço é "pago por todos nós, que pagamos impostos"
Miguel Sousa Tavares questiona a viabilidade económica da cedência do Governo às reivindicações feitas pelos professores.
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Política Sousa Tavares
Miguel Sousa Tavares abordou, no seu espaço de comentário na SIC, a luta dos professores pela contabilização do tempo de serviço durante o período em que as carreiras estiveram congeladas.
Ainda que “nada esteja claro”, o comentador recorda as palavras do líder da Fenprof e do secretário-geral do PCP na manifestação promovida pela CGTP.
“Mário Nogueira disse que este era o primeiro passo para discutir outras coisas. Jerónimo de Sousa disse que todos os outros funcionários públicos têm direito ao mesmo”, salientou Miguel Sousa Tavares, frisando que todas as reposições serão “pagas por todos nós, que pagamos impostos”.
“Entre 2011 e 2015, quando a troika foi chamada, todos nós pagamos um alto preço pela falência do Estado. Agora que a economia está em recuperação – não devido ao Estado, que não investe dinheiro nenhum –, o Governo aproveita a maior coleta fiscal que daí vem para compensar os funcionários públicos, esquecendo-se dos outros”, explicou o escritor.
O Executivo “devia criar investimento público para atrair miúdos que nós formámos e estão a emigrar”, atirou o comentador.
No que diz respeito aos professores, adianta Miguel Sousa Tavares que, “neste momento, pode ser que haja dinheiro, mas para o ano o crescimento pode ser menor. O que o Governo está a fazer é assumir despesa fixa que vai ficar para sempre”.
Sendo que “vai acrescer à despesa pública mais o que vier a seguir dos outros funcionários públicos, o que vai fazer [o Governo] quando isto correr mal?”, questionou.
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