Governo acusa Cristas de não saber o que significa "ouvir as pessoas"
O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares acusou hoje a líder do CDS-PP de não compreender o que significa "ouvir as pessoas", explicando que negociar com os professores sobre o descongelamento das carreiras foi uma questão de "respeito".
© Reuters
Política Pedro Nuno Santos
"A Drª Assunção Cristas tem uma atitude e uma relação com os sindicatos que nós não temos. Fez parte de um Governo que desprezou os sindicatos e os trabalhadores e não compreende o que significa ouvir as pessoas e tentar chegar a acordo com elas e foi isso que nós fizemos", afirmou Pedro Nuno Santos, em Braga, quando confrontado com as declarações de Assunção Cristas, que acusou o Governo de ser "errático" e de andar ao "sabor das imposições e da contestação".
O governante, que está na cidade bracarense para apresentar aos militantes do PS o Orçamento do Estado para 2018, considerou ainda que aquele documento é um "orçamento de justiça" e que "melhorou" com o debate na especialidade.
"Não é agir de forma errática, é respeitar as pessoas, os trabalhadores do Estado, saber ouvi-los e tentar encontrar soluções. A direita em Portugal contínua sem saber como é que um Estado e um Governo se deve relacionar com as pessoas e os trabalhadores e só assim se compreende esse tipo de declarações", explanou Pedro Nuno Santos sobre as declarações da líder do CDS-PP.
A propósito do processo de negociações com os professores sobre o descongelamento das carreiras, que durou até à madrugada de hoje, o governante explicou que "havia uma parte dos trabalhadores da administração pública que não estavam satisfeitos com as regras que iriam presidir a esse descongelamento".
Por isso, disse, "este Governo, como é um Governo que respeita os trabalhadores e que respeita os sindicatos, disponibilizou-se, e bem, para tentar com eles encontrar uma solução que os dignificasse e respeitasse, mas ao mesmo tempo comportável do ponto de vista financeiro e orçamental".
Sobre o OE2018, Pedro Nuno Santos destacou o descongelamento das carreiras, o aumento das pensões e o fim da sobretaxa "para toda a gente", o alargamento dos escalões de IRS e a "redução de impostos para a classe média e classe média mais baixa" como pontos fortes do documento.
"O OE apresenta as contas certas. Nós vamos com este Orçamento ter o défice orçamental mais baixo da história da democracia portuguesa. Temos um Orçamento de justiça, que repõe rendimentos, que respeita o contrato do Estado para com os cidadãos", finalizou.
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