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Governo prometeu. Agora, "expectativas dos professores saem frustradas"

Mariana Mortágua e Duarte Marques comentaram, na antena da SIC, a problemática em torno do descongelamento das carreiras dos professores.

Governo prometeu. Agora, "expectativas dos professores saem frustradas"
Notícias ao Minuto

23:59 - 16/11/17 por Melissa Lopes

Política Notícias

Para a deputada do Bloco de Esquerda, aquilo que os professores reivindicam é “sensato” e é “um direito básico seu”. “Trabalharam durante anos e esses anos não podem ser simplesmente apagados da história”, afirmou, lembrando que o que está em causa não é se o descongelamento vai acontecer, mas também se nos anos em que a carreira esteve congelada (de 2011 a 2018) contam para efeitos de reposição na carreira e para efeitos de atualização remuneratória.

“Os professores disseram, e têm dito, que estão disponíveis para negociar. Parece-me que não há outra posição sensata da parte do Governo que não estar disponível, também, para negociar”, notou Mariana Mortágua,

“Aceitamos, como os professores aceitam, o princípio do faseamento porque entendemos que são medidas que do ponto vista orçamental são de facto muito pesadas e isso tem que ser reconhecido”, disse a deputada. Mas, ressalvou, “o que não pode estar em causa é não serem contados os anos de serviço”.

Para Mariana Mortágua, “o que é insustentável no país é não reconhecer os direitos das pessoas”. Trata-se, na visão da bloquista, de uma questão que tem a ver "com justiça, com reconhecimento de anos de serviço e com desigualdade face a outras situações, mas também com a dignidade dos professores”.

Por sua vez, Duarte Marques fez sobressair que é “impossível” que não haja um impacto orçamental incomportável com o descongelamento das carreiras. “Quem acha que vai repor tudo aquilo que as pessoas perderam, sem impactos financeiros, não pode estar a dizer a verdade nem a ser sérios com os professores”. Na sua opinião, este processo “começou mal porque o Governo anunciou e fez promessas”.

“[O Governo] fez promessas aos professores que geraram grandes expectativas. E o que vamos ver é que no OE2018 as expectativas dos professores saem frustradas, porque o Governo, mais do que uma vez, anunciou que ia fazer o descongelamento”, disse, fazendo questão de referir que quem congelou as carreiras dos professores foi José Sócrates, em 2005. “E quem é que governou entretanto?”, questionou Mortágua.

“Podem dizer ‘o PSD não descongelou’, mas também não congelou. Não vale a pena virem acusar o PSD de uma coisa que não fez. O PSD não descongelou estas carreiras porque o país estava sob assistência financeira, não era fácil e não era possível fazê-lo mais rápido”, respondeu o social-democrata, que acusa o Governo de ter prometido e anunciado o descongelamento das carreiras, não conseguindo “dar tudo a todos” porque a “manta é curta”.

“O que achávamos que devia ser feito era que este descongelamento fosse feito de forma igualitária, de forma previsível e, sobretudo, de forma ponderada ao longo dos próximos anos e, também de forma a não aumentar a despesa do Estado”, finalizou.

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