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Legionella: Louçã acusa PSD e CDS de desleixo em "regras de segurança"

Francisco Louçã considera que a prioridade relativamente ao surto de legionella passa por corrigir falhas de segurança. No entanto, diz que também existem implicações políticas no caso e aponta o dedo ao PSD e ao CDS, deixando ainda um recado ao ministro da Saúde.

Legionella: Louçã acusa PSD e CDS de desleixo em "regras de segurança"
Notícias ao Minuto

23:37 - 10/11/17 por Pedro Bastos Reis

Política Francisco Louçã

No seu espaço de comentário habitual na SIC Notícias, Francisco Louçã abordou o surto de legionella em Lisboa, que já causou a morte de quatro pessoas, sendo que outras 44 estão infetadas, referindo que existem ilações técnicas e políticas a retirar do caso.

Começando pelas “implicações técnicas”, o antigo dirigente bloquista considerou que é fundamental que esteja “identificada a fonte da contaminação”. “O Ministério [da Saúde] sugere que sim, mas é preciso prudência e ter certeza absoluta. [É preciso] corrigir essa fonte de comunicação e proteger as pessoas que estão doentes”, sublinhou.

Relativamente à análise política do caso, Francisco Louçã disse “que se deve esperar”, uma vez que a prioridade, agora, passa por “corrigir aquilo que se tem a certeza que tem de ser corrigido”.

No entanto, o comentador afirmou que é “preciso ir muito mais fundo, ter mecanismos contratuais nas inspeções regulares sobre os lugares que possam ser fonte de contaminação”.

Nesse sentido, não deixou de salientar as medidas tomadas por PSD e CDS, quando eram governo, nomeadamente devido à não obrigatoriedade das inspeções. “O PSD e o CDS tem uma dificuldade óbvia [em gerir o assunto] devido à forma como facilitaram este desleixo em relação a regras elementares de segurança”, apontou Francisco Louçã.

Não obstante, considera que o debate sobre o caso “tem sido mais para procurar os caminhos de prevenção e de intervenção do que propriamente fazer uma espécie de culpabilização”.

O comentador deixou ainda uma palavra para o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, que, nas suas palavras, “é um dos ministros do atual Governo mais próximos do Presidente da República”. Para além disso, diz, “é também um ministro que tem tido algumas dificuldades de gestão política”, nomeadamente na questão das greves dos médicos e dos enfermeiros.

Tendo em conta estes desafios que o ministro tem de enfrentar, Francisco Louçã termina com um apelo: “Era bom que na saúde se resolvesse o conjunto dos dossiers que estão pendentes e que haja capacidade para responder a esta emergência. Nenhum hospital pode correr o risco de repetir uma situação tremenda como esta”.

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