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“Esquerda é mais importante para o PS do que o Presidente”

Na opinião de Simões Ilharco, "a hormonia institucional é possível e desejável" mas, em todo o caso, a "Esquerda é mais importante do que o Presidente". Esquerda essa que sairá reforçada com a aprovação do Orçamento do Estado para 2018, acredita.

“Esquerda é mais importante para o PS do que o Presidente”
Notícias ao Minuto

19:20 - 08/11/17 por Melissa Lopes

Política Simões Ilharco

Simões Ilharco assina um artigo, publicado esta quarta-feira, no site Acção Socialista, no qual se debruça sobre o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), mais concretamente sobre a intervenção de Pedro Passos Coelho aquando da aprovação da proposta na generalidade. Não deixando de fora, também, a relação de Marcelo Rebelo de Sousa com o Governo. “A harmonia institucional é possível e desejável, mas a Esquerda é mais importante para o PS do que o Presidente”, realça. 

A propósito do OE2018, disse o líder social-democrata, recorda Ilharco, que “não podem contar com o PSD se as coisas correrem mal à Geringonça na especialidade”. Ora, na opinião do jornalista, tal afirmação é, “no mínimo, surrealista”.

É que, frisa, “as suas previsões são desastrosas”. “Não acerta uma”, reforça, recordando duas situações: “a vinda do diabo e a de que haveria legislativas antes das autárquicas”. “Dois falhanços totais!”, considera, recordando palavras do primeiro-ministro de que o “diabo não está cá e o PSD não consegue esconder a sua enorme frustração”.

Quanto ao Orçamento em si e às dúvidas que a Comissão Europeia e os esclarecimentos que pediu sobre o mesmo, parecem a Simões Ilharco “inadequados”. "A Europa não é um conjunto de Estados federados. Cada país tem a sua independência e soberania próprias, que devem ser respeitadas. As ingerências dos alemães, que pontificam na Comissão Europeia, na vida interna dos outros povos são inaceitáveis”, argumentou, sublinhando que Portugal deve ser livre de elaborar os seus Orçamentos e fazer as suas opções”.

Cá dentro, Ilharco considera que a votação global do OE2018 “não trará surpresas” e que este reforçará o acordo à Esquerda. “Sempre defendi a atual solução política e só formulo votos para que seja a mais duradoura possível”, sublinha, sem vislumbrar qualquer ameaça do lado do principal partido da oposição, o PSD. “A herança de Passos Coelho é, sem dúvida, muito pesada. Ele fez definhar o PSD. Causou-lhe danos porventura irreparáveis”, frisa.

Quanto a Marcelo Rebelo de Sousa, e à “pequena dissonância” com o Governo, Ilharco anota que Costa “deseja manter um bom relacionamento institucional com o Presidente”. “Bem vistas as coisas, e corroborando o que Costa afirma, foi Marcelo quem desenterrou o machado de guerra, o que não quer dizer que não possa ser de novo enterrado”, disse ainda, defendendo não acreditar que a “harmonia institucional é possível e desejável”.

“Mas a Esquerda é mais importante para o PS do que o Presidente”, remata.

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