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"Ofensiva de Madrid contra a Catalunha é desproporcional e brutal"

Constituição de Carles Puigdemont e dos seus ex-conselheiros como “presos políticos” é lamentável, diz o deputado Tiago Barbosa Ribeiro.

"Ofensiva de Madrid contra a Catalunha é desproporcional e brutal"
Notícias ao Minuto

10:00 - 06/11/17 por Goreti Pera

Política Barbosa Ribeiro

Tiago Barbosa Ribeiro lamenta que a Europa “assobie para o lado perante a dimensão do problema” que se vive na Catalunha e que no Parlamento português não tenha sido aprovado o voto de protesto que pretendia condenar a ordem de prisão emitida sobre os ex-governantes regionais.

“A ofensiva de Madrid contra a Catalunha é de uma desproporção e de uma brutalidade que revela toda a insegurança do Estado espanhol. Nunca a luta catalã foi violenta, ao contrário dos seus adversários, e sempre atuou no quadro legal vigente, mesmo quando Madrid amputou as várias iniciativas de reforço da autonomia”, afirmou o deputado, numa publicação feita na sua página no Facebook.

Na opinião do socialista, “perante a irredutibilidade de Madrid no reconhecimento desses avanços, a ambicionada independência não é uma questão legal, mas sim política. O que se passou nas últimas semanas foi o culminar dessa tensão. Com os principais líderes políticos catalães presos ou exilados, as eleições de dezembro, para além de uma fuga para a frente, serão uma farsa”.

“É pena que a ‘Europa’ continue a assobiar para o lado perante a dimensão deste problema que, infelizmente, pode assumir outra configuração de forças. A independência da Catalunha é, cada vez mais, apenas uma questão de tempo”, atirou Tiago Barbosa Ribeiro, lamentando que o Parlamento português não tenha aprovado um “voto de protesto que condenava o ‘mandado de prisão de governantes do governo regional da Catalunha e a constituição desses presos políticos’”.

Recorde-se que, este domingo, Carles Puigdemont, Antoni Comín, Clara Ponsatí, Lluís Puig e Meritxell entregaram-se às autoridades belgas, após uma ordem de detenção emitida pelo Ministério Público daquele país.

Após terem sido ouvido pelo juiz durante cinco horas, ficaram em liberdade condicional, impedidos de sair da Bélgica, enquanto aguardam por uma decisão em relação ao cumprimento do mandado de detenção europeu emitido por Espanha.

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