PSD e Bloco trocam acusações sobre "cortes" e "cativações"
O PSD criticou hoje o BE por dar o seu "alto patrocínio" ao Orçamento do Estado para 2018 afirmando que a proposta contem o "maior volume de cativações" e o "pior investimento público de que há memória".
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Política OE2018
No debate do Orçamento do Estado para 2018, a deputada social-democrata Margarida Balseiro Lopes centrou a sua intervenção nas críticas ao Bloco de Esquerda, acusando este partido de dar o seu "alto patrocínio" a três dos orçamentos do Estado com "o maior volume de cativações", 2016, 2017 e 2018.
"O que antes eram cortes, agora são cativações, mais de 1.700 milhões de euros em cativações", acusou a deputada, afirmando ainda que o "apoio" do BE ao Governo PS o transforma em "conivente com ataques aos serviços públicos, na educação, na defesa, na saúde e na proteção civil".
Para além disso, acusou, "agora estão caladinhos com o pior investimento público de que há memória" e, "depois de tanto contestarem os impostos [durante o governo anterior PSD/CDS-PP] aprovam um orçamento que atinge o recorde da carga fiscal".
A deputada questionou ainda diretamente o BE sobre se está "ao lado do PSD" para revogar as alterações "ignóbeis" ao regime dos trabalhadores independentes.
Na resposta, a deputada do BE Mariana Mortágua distinguiu entre "cortes e cativações" e frisou que o partido "critica agora as cativações, com toda a frontalidade", repudiando a "incoerência de alguém que quando teve a oportunidade de governar cortou tudo e uma vez que deixa de ser governo vem exigir o que nunca fez".
Para mostrar a diferença entre "cativações" e "cortes", Mariana Mortágua disse que em 2013, o governo PSD/CDS-PP aumentou o orçamento da Saúde em 392 milhões de euros mas depois "executou menos 1.067 milhões de euros".
"Isto é um corte", disse, acusando o PSD de "desorientação e falta de linha política".
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