Robles espera que lisboetas façam balanço positivo do acordo com PS
O vereador bloquista da Câmara Municipal de Lisboa, Ricardo Robles, que irá assumir os pelouros da Educação, Saúde, Direitos Sociais e Cidadania, afirmou hoje esperar que os lisboetas façam um balanço positivo do acordo firmado com o PS.
© Blas Manuel
Política Bloco de Esquerda
Em declarações aos jornalistas no final da formalização do acordo entre BE e PS, que decorreu hoje no São Luiz Teatro Municipal, o vereador defendeu que este acordo "vai ao que é mais importante na cidade de Lisboa", nomeadamente habitação, transportes, serviços públicos, precariedade e transparência.
"Esperamos que a cidade daqui a quatro anos faça um balanço positivo do que foi feito através desde acordo", vincou.
Apontando que as negociações ficaram marcadas por avanços e recuos, Robles apontou que o BE "nunca estabeleceu como objetivo nem os pelouros, nem os cargos nem os lugares", mas sim "prioridades políticas", foi "isso que esteve em cima da mesa".
"Não há ninguém no país e na cidade que não reconheça a coerência e o empenho que o Bloco tem tido nas áreas dos serviços públicos, e é aí que assumimos responsabilidades: na educação, na saúde, nos direitos sociais, na cidadania", disse.
Questionado sobre a constituição de acordos semelhantes com outros partidos, nomeadamente com os dois vereadores do PCP, Robles vincou que "as partes estão abertas e querem participar, querem construir esta cidade com estas prioridades com todas as forças, com todos os atores que querem conjugar esforços nestas prioridades".
"É isso que faremos e é esse o objetivo do acordo, mudar a cidade", acrescentou.
Falando aos jornalistas ao lado do vereador, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (PS), defendeu que a solução encontrada para a governação da cidade "não é uma geringonça, mas um acordo formal", e deixou a porta aberta para entendimentos com o PCP.
O socialista Fernando Medina foi eleito no dia 1 de outubro presidente da Câmara de Lisboa, com 42,02% dos votos, mas perdeu a maioria absoluta na capital, ficando com menos três vereadores do que em 2013. O PS alcançou assim oito vereadores, menos um do que os necessários para a maioria absoluta. O BE conseguiu um mandato e a CDU (PCP/PEV) manteve os dois que já tinha.
O Partido Socialista e o Bloco de Esquerda formalizaram hoje um acordo para a governação da cidade, que atribui os pelouros da Educação, Saúde, Direitos Sociais e Cidadania ao vereador bloquista Ricardo Robles e prevê mil novas vagas em creches, 14 centros de saúde, salas de consumo assistido e 250 novos autocarros da Carris.
Segundo o presidente, o acordo implica uma alteração às alterações nas prioridades de investimento e ao Orçamento, mas "todas as propostas foram feitas quantificados os custos, as contas e as formas como serão concretizadas ao longo dos próximos anos".
"Iremos fazê-lo sem nenhuma alteração do que tem sido uma marca essencial da Câmara de Lisboa, as boas contas, as contas rigorosas, uma Câmara com solidez financeira, com recursos para investir e uma Câmara com recursos neste momento para reforçar os instrumentos de apoio social que são necessários em várias áreas", vincou Medina.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com