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PSD acusa Governo de não acautelar futuro, Costa lamenta "frustração"

O PSD acusou hoje o Governo de "não acautelar o futuro" no Orçamento do Estado e de "fazer propaganda eufórica" a pensar no curto prazo, com António Costa a responder com "a frustração" dos sociais-democratas com os bons resultados económicos.

PSD acusa Governo de não acautelar futuro, Costa lamenta "frustração"
Notícias ao Minuto

16:34 - 02/11/17 por Lusa

Política OE2018

"Esta propaganda eufórica afinal esconde um Governo bloqueado e incapaz de reformar no presente (...) Tudo se justifica e tudo se sacrifica ao interesse do PS no curto prazo", acusou o vice-presidente da bancada do PSD António Leitão Amaro, a quem coube o primeiro pedido de esclarecimento no debate do Orçamento do Estado para 2018 na generalidade, que decorre hoje e sexta-feira na Assembleia da República.

Na resposta, o primeiro-ministro, António Costa, negou euforia, lamentando que o PSD não partilhe "a satisfação" do Governo com os números da economia.

"Só vê em mim euforia porque é a medida da sua frustração quanto aos resultados alcançados na economia", afirmou o chefe do Governo.

Leitão Amaro considerou que o OE do próximo ano, "sem nada trazer para o futuro", nem sequer "é bom para o presente".

"Com este Governo, os portugueses pagam mais do rendimento nacional para o Estado para receberem menos e piores serviços", acusou Leitão Amaro, que apontou como exemplos as tragédias dos incêndios, o roubo de armas em Tancos e situações de bloqueio na saúde e na educação.

O vice-presidente a bancada do PSD acusou ainda o Governo de, "com o ombro amigo das esquerdas", ter, através dos impostos indiretos, trazido "a carga fiscal máxima que o país já suportou", o que foi negado por António Costa.

"Factos são factos: a carga fiscal mais elevada tivemo-la em 2015, 34,5%. Hoje não é tão baixa como gostaríamos, mas em 2016, 2017 e 2018 é sempre inferior aos 34,5% de vossas excelências", disse.

Leitão Amaro considerou ainda que a proposta orçamental do executivo não traz "nada" para as empresas ou para incentivar as exportações, o que também foi rejeitado pelo primeiro-ministro.

"Um dos problemas de trazer o discurso escrito de casa é não se poder adaptar o discurso e por isso teorizou sobre o sacrifício do futuro, mas ignorou o que é fundamental: este Orçamento do Estado acautela o futuro", defendeu António Costa, apontando para a redução da dívida prevista, bem como para a diversificação das fontes de financiamento da Segurança Social.

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, que já anunciou que não se recandidatará ao cargo que ocupa desde 2010 assistiu ao início do debate sentado na primeira fila da bancada, mas num dos extremos e não ao centro, como habitualmente.

Os deputados começaram hoje a debater, na generalidade, a proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), que alarga o número de escalões, altera o regime simplificado de IRS e inicia o descongelamento de carreiras na função pública.

O documento será votado na generalidade na sexta-feira. Segue-se a discussão na especialidade, com debates e plenário entre 22 e 24 de novembro, estando a votação final global agendada para o dia 27.

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