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"É preciso resgatar para controlo público contratualizações com privados"

Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, esteve esta segunda-feira reunida com a Administração Regional de Saúde do Norte. No final, falou aos jornalistas sobre as parcerias público-privadas na área da Saúde.

"É preciso resgatar para controlo público contratualizações com privados"
Notícias ao Minuto

16:00 - 30/10/17 por Anabela de Sousa Dantas com Lusa

Política Catarina Martins

Catarina Martins acredita que “todos os dados” existentes “fazem o apelo ao país” para que “o Serviço Nacional de Saúde (SNS) seja gerido na esfera pública”. “Cada vez que pagamos a um privado para gerir um hospital ou uma outra valência do SNS, para além de estarmos a pagar a despesa, ainda estamos a pagar o lucro que o hospital tem”, sublinhou a coordenadora do Bloco de Esquerda, à saída de uma reunião com a Administração Regional de Saúde do Norte.

“É conhecido o relatório do Tribunal de Contas que aponta para as insuficiências e para as perdas do Estado com as contratualizações na região Norte”, acrescentou, sublinhado que “parece evidente que o que é preciso fazer é resgatar para controlo público estas contratualizações com privados que estão a desproteger o interesse público, que não são rentáveis e que, pelo contrário, criam problemas na própria articulação dos vários hospitais e da várias valências do SNS”.

Catarina Martins referiu ainda, em declarações aos jornalistas, que o que o relatório do Tribunal de Contas diz é que “não se vê nenhuma vantagem para o Estado e que tem até dúvidas do porquê dos contratos terem sido feitos”.

“Neste momento, é preciso saber o que vai acontecer ao Centro de Reabilitação do Norte, sendo que o contrato acaba no ano que vem”, explicou.

"Pagar a privados faz-nos perder várias vezes. Faz-nos perder em transparência, porque temos de pagar o lucro do privado e ainda perdemos no tipo de cooperação entre os vários hospitais e valências do SNS para darmos a melhor resposta ao país", acrescentou.

Por isso, defendeu, "o caminho que deve ser seguido, no CRN como noutros, é resgatar [os equipamentos] para o público à medida que os contratos forem acabando".

Só assim, notou, o país começará "a corrigir o erro de perder tanto dinheiro com os privados no SNS em vez de pormos esse dinheiro ao serviço de quem mais conta".

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