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"Dá sempre muito jeito o bode-expiatório ser o Presidente. É um clássico"

A relação entre Belém e São Bento foi o foco do comentário de Marques Mendes.

"Dá sempre muito jeito o bode-expiatório ser o Presidente. É um clássico"
Notícias ao Minuto

22:54 - 29/10/17 por Pedro Filipe Pina

Política Marques Mendes

Numa semana marcada por uma manchete do Público sobre um Governo “chocado” com o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, e com o Presidente a dizer que “chocado” está o país, a relação entre São Bento e Belém não escapou a Marques Mendes.

No seu espaço de comentário semanal na antena da SIC, o antigo líder do PSD abordou precisamente este caso, admitindo desde logo ter “uma grande perplexidade por essa notícia no Público” porque “o Governo, no primeiro momento a seguir à intervenção do Presidente da República, deu todos os sinais de concordar com ela”, afirmou Marques Mendes, aludindo ao “adequar” do tom e do estilo dos socialistas, no dia a seguir ao discurso, na Assembleia da República.

Na sua análise, Marques Mendes falou em duas reações distintas do Executivo, “uma oficial, e outra oficiosa”.

Ainda assim, acrescentou, “até compreendo, e não é apenas por ser tolerante”, afirmou.

“Acho que António Costa viveu um dos momentos mais difíceis da sua vida política nos últimos dias, e foi muito criticado. (…) E os primeiros-ministros quando se sentem acossados, em dificuldades, aflitos, tentam sempre encontrar o quê? Um bode-expiatório. E dá sempre muito jeito o bode-expiatório ser o Presidente da República. Isto é um clássico. Já aconteceu no passado e há-de acontecer no futuro”, atirou.

Para o comentador, esta parece ser da parte do primeiro-ministro uma “atitude que é tudo, menos inteligente”.

“Um Governo estar em erro com um Presidente da República nunca compensa”. E mais ainda perante a popularidade atual de Marcelo, acrescentou.

Ora se “Costa quer ganhar as eleições” e se o quer fazer com maioria absoluta, “tem que entrar no eleitorado moderado”, o mesmo que valeu a eleição de Marcelo e que esperará boas relações institucionais, explicou ainda o comentador.

Nesse aspeto, disse ainda Marques Mendes, “Marcelo é uma espécie de fiador e pode com isso ajudar António Costa”, Ora “se António Costa quebra essa relação [com Marcelo] perde esse eleitorado” e “fica mais acantonado à esquerda”, falhando o objetivo da maioria absoluta.

A recuperação da imagem de António Costa não será feita “na base de uma guerrilha” mas de medidas políticas, acrescentou ainda Marques Mendes.

Saliente-se que o comentário de Marques Mendes decorreu numa altura em que António Costa dava uma entrevista à TVI, onde falou sobre Marcelo Rebelo de Sousa e a relação entre ambos. Saiba mais aqui.

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