Os vereadores da Câmara Municipal de Lisboa assumiram funções esta quinta-feira, numa cerimónia que decorreu na Praça do Município.
Em declarações aos jornalistas, Fernando Medina, empossado com a pasta da presidência, reforçou que o objetivo do executivo camarário passa por “procurar entendimentos e alargar convergências”. Aliás, nos últimos anos, em Lisboa, “não houve nenhuma decisão que tenha sido tomada sem uma maioria mais vasta que a do Partido Socialista”, recorda.
O economista adiantou ainda que, nesta rentrée, tomou a iniciativa para “um diálogo político à Esquerda”. Porém, “o Partido Comunista não se mostrou disponível para um acordo mais permanente sobre a governação da cidade”. Ao PS resta, por isso, a possibilidade de “ir procurando convergências à medida que as matérias vão surgindo”.
Já com a Direita, Fernando Medina rejeita a viabilidade “de acordos permanentes”, devido às “diferenças de projeto político”. No entanto, “irei governar a Câmara procurando abrangência nas decisões que formos tomando, incluindo os partidos da Direita”.
Recorde-se que o PS ganhou as eleições para a Câmara de Lisboa com 42,02% dos votos, mas não conseguiu manter a maioria absoluta obtida por António Costa, ficando com oito vereadores, menos três do que em 2013.
Já o CDS-PP elegeu quatro vereadores (ganha três), o PSD obteve dois mandatos (perde um), a CDU mantém os dois eleitos e o Bloco de Esquerda conseguiu eleger um vereador.
Na sua candidatura eleitoral, Medina defendeu uma aposta clara “no transporte público, na habitação para a classe média, na inclusão social e no apoio às famílias”. O presidente da Câmara garante, neste contexto, firmeza “na execução destas medidas: asseguraremos uma governação estável para Lisboa, pelo programa pelo qual dei a cara. É este o meu compromisso”.
Na opinião de Medina, “construir uma cidade exige um diálogo permanente para edificar pontes. É mais o que nos une do que aquilo que nos separa”.