"Admito que o Governo possa não chegar ao fim da legislatura"
Santana Lopes é um dos líderes à corrida pela liderança do PSD.
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Política Santana Lopes
Pedro Santana Lopes esteve, esta noite, numa entrevista na antena da TVI e, para além da sua candidatura ao PSD, falou sobre o que ambiciona para o país quando se tornar líder dos sociais-democratas, caso vença o frente a frente com Rui Rio.
A queda antecipada do Governo?
“Admito que [o Governo] possa não chegar ao fim da legislatura”. A frase é do próprio e adianta uma possibilidade de eleições legislativas antecipadas, algo que só deveria acontecer se um dos partidos de Esquerda retirasse o apoio parlamentar ao Governo socialista.
Haja ou não eleições antes do tempo, o social-democrata ambiciona “construir uma alternativa coerente” em que não há obcecação “em discutir o centro-direita ou centro-esquerda, ou mais à direita ou mais à esquerda”.
Numa análise à frente Esquerda à qual recusa chamar Geringonça, Santana Lopes revelou que, “para o sistema político, experimentar esta solução pode ter tido algumas vantagens, para os portugueses saberem como é importante criar uma alternativa coerente”.
O futuro de um PSD com Santana
No futuro, o ex-primeiro ministro assegura que irá “escolher bem os temas essenciais para o PPD-PSD marcar a diferença, estar disponível para pactos de regime”, tudo isto “chamando novos valores, novos talentos” para o palco político.
“Quero formar uma alternativa contemporânea, sólida, mas principalmente coerente que leve o PPD-PSD a líder deste espaço de centro-direita, até porque nas próximas eleições os portugueses já não vão ter surpresa nenhuma. Quando forem votar já sabem que o PS se pode coligar com a extrema-esquerda e, portanto, as razões de escolha vão ser completamente diferentes”, esclarece o candidato ao partido ‘laranja’.
E quanto ao líder que pretende ser, Santana Lopes é perentório: “Ninguém espere de mim ver-me abespinhado com os sucessos de Portugal ou com as boas notícias. Cada vez que houver uma boa notícia direi ‘ainda bem, que bom’ e as pessoas verão na minha cara que é sincero”.
No fundo, o social-democrata realçou que quer “provar que [o partido é melhor] do que o Governo que está em funções”, tendo em conta que este Executivo “tem um secretário de Estado para as negociações quase todos os dias no Parlamento porque têm de andar a construir a maioria todos os dias”.
Marcelo, o almoço e a relação
O almoço com Marcelo Rebelo de Sousa foi esclarecido pelo ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia, frisando que foi marcado “duas semanas e meia” antes daquele dia. Tratou-se de um almoço onde se falou “de todos os temas e mais alguns”, deixou claro.
Também a relação dos líderes partidários com o Presidente da República mereceu um comentário de Santana Lopes. “Se ganhar, como espero, dia 13 de janeiro, o PPD-PSD terá um líder que entende que o PR nunca pode ser oposição aos governos”.
“A oposição tem de se valer por si própria, não pode andar à espera que o Presidente faça guerra ao Governo. O PR tem de ajudar o seu governo”.
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