Jean-Claude Juncker promete ajudar Portugal
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em entrevista à antena da RTP, defende uma maior harmonização fiscal e promete ajudar Portugal.
© Reuters
Política União Europeia
Na entrevista de Jean-Claude Juncker à antena da RTP, o presidente da Comissão Europeia prometeu ajudar Portugal a recuperar da tragédia dos incêndios e elogiou o “bom rumo” que o país apresenta atualmente.
Paralelamente, o político reforçou a importância de harmonizar a política fiscal entre Estados-membros “para evitar que cada Estado veja um paraíso fiscal no seu vizinho imediato”.
De acordo com o líder europeu, atualmente, muitas empresas têm sedes sociais em países da União Europeia onde pagam menos impostos. “Numerosas empresas, não só portuguesas, por motivos fiscais fixaram a sua sede social noutro país da União Europeia, tentando assim escapar aos impostos. Isso já não é aceitável”, reitera.
Perante esta realidade, a Comissão Europeia travou “uma luta” contra empresas “com as ditas sedes ‘caixas de correio’. E houve mudanças. Estamos a progredir”, garantiu.
Questionado relativamente ao facto de o populista Andrej Babiš ter vencido as eleições na República Checa e de a extrema-direita alemã ter regressado ao Parlamento germânico, o ex-chefe de governo do Luxemburgo defende que “a Comissão Europeia lamenta que a União Europeia ainda seja um bode expiatório usado pelos Estados-membros. Chegou-se informalmente a um acordo, quase de forma sistemática, para criticar a União Europeia por todos os defeitos da Europa e dos Estados-membros”, explica Juncker, classificando essa situação de “erro grave”.
Para o líder europeu, os nacionalismos constituem a principal ameaça à essência da União Europeia, já que “uma Europa virada para si mesma, dividida em categorias nacionais, em vez de tentar criar sinergias o mais possível no domínio europeu, só perde a influência no mundo”.
Perante o cenário de incêndios que deflagraram em território nacional e que causaram dezenas de vítimas, o líder do executivo comunitário aproveitou a oportunidade recordar que serão ativados os mecanismos de solidariedade para ajudar Portugal e Espanha na sequência dos incêndios, prometendo, ainda, reforçar os mecanismos de proteção civil na União Europeia, criticando o elevado tempo de resposta.
Relativamente à realidade nacional, o líder europeu elogiou ainda a situação económica na União Europeia, em especial o caso de Portugal. “O desempenho português é dos mais impressionantes, uma vez que Portugal tinha um défice de 10 ou 11 por cento e chega agora a um nível de 1,8 ou dois por cento”, defende.
No que concerne à situação da Catalunha, o presidente da Comissão Europeia argumenta que não se está perante “um problema de direitos humanos” porque “os catalães não estão a ser oprimidos pela Espanha” e frisa que “Bruxelas está fora do conflito catalão”. No entanto, Bruxelas apela ao diálogo entre as partes.
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