"Não havia outra personalidade para a chefia da unidade de missão?"
“Não é evidente o potencial conflito de interesses" na nomeação de Tiago Martins de Oliveira?, questiona Vital Moreira.
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Política Incêndios
A nomeação de Tiago Martins Oliveira para chefiar a unidade de missão de combate aos fogos florestais está a ser alvo de críticas. Depois de o Bloco de Esquerda ter ontem falado num “óbvio conflito de interesses”, as críticas vêm agora de Vital Moreira.
“Será que não havia outra personalidade para a chefia da unidade de missão para a montagem do novo sistema de prevenção e combate aos fogos florestais do que o chefe do departamento florestal da indústria de celulose?”, questiona o jurista em tom de crítica. Tal indústria, refere, “é a principal responsável e beneficiária da transformação de Portugal num paraíso do eucaliptal” e “fez do país um incendiário barril de pólvora e criou uma verdadeira ‘floresta assassina'”.
Por essa razão, o jurista realça, em jeito de interrogação e alinhando com a crítica já feita pelos bloquistas: “Não é evidente o potencial conflito de interesses, entre o interesse público da proteção da floresta em geral e o interesse da fileira agro-celulósica na proteção e expansão da sua própria floresta?”
“Decididamente, não dá para entender!...”, finaliza.
Tiago Martins de Oliveira, de 48 anos, é natural do Porto e doutorado em Engenharia Florestal e Recursos Naturais pela Universidade de Lisboa. Foi escolhido por António Costa para liderar a estrutura de missão de combate aos incêndios, sendo a sua função equiparada à de Secretário de Estado. Tiago Martins de Oliveira tomou posse esta terça-feira.
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