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Bloco contra escolha de Costa. Representa "conflito de interesses óbvio"

Tiago Martins Oliveira foi escolhido por António Costa para liderar unidade de missão de combate aos incêndios.

Bloco contra escolha de Costa. Representa "conflito de interesses óbvio"
Notícias ao Minuto

12:00 - 24/10/17 por Melissa Lopes com Lusa

Política Moisés Ferreira

O Bloco de Esquerda (BE) não está satisfeito com a nomeação de Tiago Martins Oliveira, empossado esta terça-feira, para chefiar a unidade de missão de combate aos fogos florestais. Moisés Ferreira, deputado, é apenas um dos bloquistas que criticam a nomeação do especialista em riscos florestais, afirmando existir um “conflito de interesses óbvio”, uma vez que Tiago Martins Oliveira está ligado à The Navigator Company, uma empresa de fabrico e comercialização de papel.

“O conflito de interesses é óbvio, como é óbvio que assim não iremos às causas do problema. Tiago Martins Oliveira é um nome que não serve para esta importante tarefa”, escreve o deputado na sua página de Facebook.

A criação desta estrutura de missão, que funcionará na dependência do líder do Executivo, é uma decisão que saiu do Conselho de Ministros extraordinário de sábado e que terá um mandato até dezembro de 2018.

Tiago Martins de Oliveira, de 48 anos, natural do Porto e doutorado em engenharia florestal e recursos naturais pela Universidade de Lisboa.

Esta estrutura de missão, de acordo com a resolução saída do último Conselho de Ministros, tem como um dos principais objetivos a preparação e execução das recomendações constantes do relatório da Comissão Técnica Independente nomeada pelo Parlamento "e de outros contributos técnicos, em articulação com as várias áreas governamentais e organismos da administração pública".

Caberá também a esta estrutura de missão preparar a instalação da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), "assegurando a sua entrada em funcionamento a 1 de janeiro de 2018 e monitorizar o seu funcionamento inicial".

Entre outras funções, salienta-se também na resolução do Conselho de Ministros, a estrutura de missão deverá apresentar ao primeiro-ministro "propostas para potenciar a eficácia e eficiência na execução das recomendações constantes do relatório da Comissão Técnica Independente ou que resultem de oportunidades identificadas, em articulação com os membros do Governo responsáveis em razão da matéria, e com o apoio dos serviços por estes tutelados".

A estrutura de missão terá na sua estrutura o presidente, com um estatuto equiparado a secretário de Estado, que terá um gabinete de apoio técnico "constituído por um máximo de cinco elementos, três dos quais com a função de assessoria técnica e de gestão, equiparados, para efeitos de designação e estatuto, a adjuntos de gabinete de membro do Governo".

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