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"Houve um tempo de estudar recomendações. Agora é tempo de executar"

António Costa dá o mote para "o tempo de executar" as reformas necessárias para o combate e prevenção de fogos florestais.

"Houve um tempo de estudar recomendações. Agora é tempo de executar"
Notícias ao Minuto

11:31 - 24/10/17 por Pedro Filipe Pina

País António Costa

Passado o tempo de estudar propostas, agora é altura de as executar.

Foi esta a forma com que António Costa iniciou o seu discurso esta manhã, a partir do Palácio de S. Bento, residência oficial do governante.

Após o discurso de Tiago Martins de Oliveira, homem escolhido para presidir a Missão para Fogos Rurais - e nome que não está imune a discórdia -, Costa discursou salientando que "houve um tempo de estudar e apresentar recomendações. Há agora um tempo de executar".

"Não há verdadeiras reformas que não se ancorem no melhor do conhecimento científico e a função do Governo é procurar traduzir em medidas políticas o que resulta da produção do conhecimento", afirmou o primeiro-ministro. 

António Costa aludiu ainda ao relatório da comissão técnica independente, que, "partindo de um caso concreto [tragédia de Pedrógão Grande], fez uma análise muito rigorosa ao sistema, revelando que era urgente introduzir uma reforma profunda no nosso modelo de prevenção e combate a incêndios florestais".

"Por isso", realçou, "agora é tempo de executar esta reforma", uma reforma que "não separa, mas que une. Uma reforma onde todos são essenciais".

"É desta combinação que podemos ter um sistema melhor que reforce a segurança das pessoas", reforçou, explicando de seguida que a recomendação da comissão técnica "tem três marcas fundamentais". A saber:

Primeiro, "integrar prevenção e combate aos incêndios florestais", o que implicará reforçar "o pilar da prevenção" e dar uma nova centralidade ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas; segundo, "profissionalizar e capacitar", algo que passa pela aposta no conhecimento, nas estruturas já existentes e na "valorização profissional", nomeadamente com a mobilização de Forças Armadas e de segurança, a aposta nos sapadores florestais e o desenvolvimento de "parcerias com os municípios" e as respetivas corporações de bombeiros voluntários locais; terceiro, a especialização, de forma a garantir "a tendencial segmentação entre os meios que são alocados às pessoas e povoações, missão primeira da Proteção Civil, dos recursos que são alocados preferencialmente à prevenção e ao combate nos incêndios no mundo rural".

“É uma reforma muito exigente e complexa”, enfatizou. E a Missão para Fogos Rurais será a "incubadora" deste novo modelo, explicou em referência à entidade criada na sequência do Conselho de Ministros extraordinário do último sábado.

"Estou certo de que, daqui a 14 meses, quando aqui estivermos a fazer o balanço desta transformação, estaremos todos mais confiantes que estão consolidadas as bases para termos um futuro onde a prevenção e o combate aos incêndios florestais nos dão a todos maior garantia de segurança, e assegura à floresta portuguesa o futuro que a floresta merece, como fator de revitalização do interior, e não de ameaça À segurança das pessoas e dos seus bens".

"Engenheiro Tiago Martins de Oliveira," - terminou de seguida Costa dirigindo-se ao agora presidente da Missão para Fogos Rurais - "muito boa sorte, e aqui fica o meu compromisso de incondicional apoio no exercício da sua missão".

Após a apresentação do modelo e a tomada de posse de Tiago Martins de Oliveira, António Costa e o presidente da Missão para Fogos Rurais optaram por não responder a questões dos jornalistas.

[Notícia atualizada às 11h50]

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