"Costa rodeia-se muito dos amigos. Num político é sinal de esgotamento"
Marques Mendes admite que esperava uma remodelação mais impactante. Questiona porque é que as medidas anunciadas após Conselho de Ministros extraordinário não foram tomadas mais cedo.
© Global Imagens
Política Marques Mendes
A demissão de Constança Urbano de Sousa de ministra da Administração Interna foi um dos temas marcantes desta semana. Na sua análise habitual, Marques Mendes disse que a "ministra não saiu bem. Saber sair do Governo é uma arte. Ela sai empurrada, sai fora de tempo e por isso é uma saída não prestigiada".
O comentador considera que Constança Urbano e Sousa merecia uma saída diferente mas afirma que a "ministra não tinha grande capacidade de liderança nesta área". Admite que Eduardo Cabrita "é uma boa opção" para assumir o cargo de ministro da Administração Interna, mas mostrou-se desapontado pela remodelação feita no Governo.
"Foi uma remodelação frouxinha, foi feita num círculo interior. António Costa rodeia-se muito dos amigos e isso num político é sinal de esgotamento", disse Marques Mendes, para quem esta remodelação aquém do esperado já estava nos planos do primeiro-ministro "há muito tempo".
"Num momento em que o Governo está fraco, precisava de pesos pesados", realçou Marques Mendes, que revelou depois que acredita que no próximo ano António Costa levará a cabo uma remodelação mais significativa no Executivo.
Sobre as medidas que foram anunciadas após o Conselho de Ministros extraordinário, o comentador deixou uma questão no ar. "Porque é muitas destas medidas não foram tomadas mais cedo?".
Elogiou a ideia de profissionalizar a Proteção Civil e a aprovação do mecanismo extrajudicial para atribuir indemnizações às vítimas de Pedrógão Grande. Mas mais uma vez não percebe a demora. "Porquê tanto tempo?"
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