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Incêndios: CDS aponta erros e condena "inação" do primeiro-ministro

O CDS-PP acusou hoje o primeiro-ministro de nada ter feito na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande e exigiu um "esclarecimento sério, cabal e consequente" a António Costa sobre o combate aos fogos.

Incêndios: CDS aponta erros e condena "inação" do primeiro-ministro
Notícias ao Minuto

19:40 - 16/10/17 por Lusa

Política Assunção Cristas

Em comunicado, a direção do CDS-PP, presidido por Assunção Cristas, exigiu ao primeiro-ministro "o esclarecimento sério, cabal e consequente" sobre cinco questões relacionadas com o que "falhou" nos últimos quatro meses, no combate aos incêndios, depois da tragédia de Pedrógão Grande, em junho.

"Nestes últimos quatro meses o primeiro-ministro não agiu, não corrigiu os erros, não assumiu as suas responsabilidades e pautou-se pela inação", criticou.

Em concreto, o Governo "errou" ao não prolongar a fase de proteção mais elevada face ao risco dos incêndios (fase `Charlie´), "não garantindo a disponibilidade máxima de utilização de todo o tipo de meios".

"Sabendo a excecionalidade das condições climatéricas e do risco inerente, o Governo não manteve o dispositivo de proteção na sua máxima força", criticou.

Por outro lado, "não decretou prontamente o estado de calamidade pública, com efeitos preventivos, tendo consciência da severidade das condições meteorológicas e do risco de incêndio muito elevado".

O Governo errou também, insistiu o CDS-PP, ao não substituir a ministra da Administração Interna cuja "equipa há muito deixou de ser o garante da proteção e da segurança dos portugueses".

"Na noite em que perdem a vida 35 pessoas, é inconcebível que a resposta aos portugueses dos mais altos dirigentes políticos seja: auto protejam-se porque dias negros como este vão repetir-se", criticou.

O CDS-PP, que requereu hoje uma audiência com caráter de urgência ao Presidente da República, condenou o Executivo PS por não ter lançado "ações fortes de sensibilização e de prevenção de comportamentos negligentes junto das populações" em dias de maior risco de incêndio.

"Depois de alterações profundas com escolhas erradas na estrutura da Autoridade Nacional de Proteção Civil, o governo permitiu ainda, após a demissão do Comandante Operacional, um vazio num cargo tão relevante", criticou.

Para a direção centrista, "quatro meses depois da tragédia de Pedrógão Grande, o Estado voltou a falhar clamorosamente na sua função mais básica, garantir a proteção das pessoas e do território português".

Prova do "falhanço" do Estado são também as declarações do secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, ao defender a necessidade de as populações serem proativas e se protegerem dos incêndios, explicando que nem sempre os efetivos conseguem chegar a todos os teatros de operações.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 36 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

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