PSD: Líder da concelhia lamenta a não demissão da distrital de Lisboa
O líder interino da concelhia de Lisboa do PSD lamentou hoje que a distrital do partido não tenha assumido as consequências dos resultados eleitorais e apresentado a demissão, acusando esta estrutura de "branquear o desastre eleitoral autárquico".
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"Era de esperar que tivesse saído da reunião de ontem [terça-feira] da comissão política a análise e a consequência dos recentes resultados eleitorais com a apresentação da demissão da Distrital. Não esperava, e isso preocupa-me, que estes dirigentes assobiassem para o lado fingindo que nada se tenha passado", referiu Rodrigo Gonçalves, num comunicado enviado à Lusa.
Para o também conselheiro nacional e apoiante de Rui Rio na disputa eleitoral interna do PSD, o atual e anterior presidentes da distrital de Lisboa, Pedro Pinto e Miguel Pinto Luz, tiveram responsabilidade direta na "definição da estratégia autárquica dos últimos 12 anos", que considera ter culminado num "vexame para o PSD".
"Estes engenheiros da desgraça conseguiram o impensável, reduzir a votação do partido para valores típicos do Partido Comunista Português, 10% e 9%, em concelhos que já liderámos com maiorias absolutas", lamentou, considerando preocupantes que a atual direção não se tenha afastado para permitir que "um novo projeto político, vencedor, possa ter lugar."
Esta madrugada, a Comissão Política Distrital de Lisboa (CPD) anunciou em comunicado que apoia a candidatura de Pedro Santana Lopes à liderança do partido.
Na nota, a distrital de Lisboa saudou também os candidatos às eleições autárquicas, principalmente os eleitos nas listas apoiadas pelo PSD.
"Os resultados no distrito registam de forma relevante o crescimento eleitoral significativo nos concelhos onde o PSD detinha anteriormente a maioria, nomeadamente Cascais e Mafra. Nos restantes concelhos, liderados por outros partidos, o PSD assume-se agora como principal força de oposição passando a segundo partido mais votado em todos eles", é referido.
De acordo com a CPD, no conjunto do distrito, o número de eleitos no PSD aumentou em relação ao mandato anterior, nomeadamente onde os resultados para os órgãos municipais não refletiram o peso que o partido obteve no conjunto das freguesias.
Nas eleições autárquicas a nível nacional, o PSD perdeu oito presidências de câmaras municipais face a 2013, ano em que tinha registado o seu pior resultado, ficando agora com 98 (79 sozinhos e 19 em coligação).
Dois dias depois de um dos "piores resultados de sempre" do partido em autárquicas, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, anunciou que não se iria recandidatar ao cargo, com o argumento de não querer passar a ideia de estar "agarrado ao poder".
O PSD marcou já a realização de eleições diretas para escolher o novo líder para 13 de janeiro (e Congresso entre 16 e 18 de fevereiro).
Até agora, anunciaram-se como candidatos à liderança do PSD o antigo presidente da Câmara do Porto Rui Rio e o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes.
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