"Não é aceitável" mas "Marcelo quis dar um empurrão" a Santana
Miguel Sousa Tavares criticou o timing do encontro entre o Presidente da República e Santana Lopes, numa altura em que se fala na possibilidade de se candidatar à liderança do PSD. Destaca a maior "irreverência e inovação" de Santana face a Rui Rio.
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Política Miguel Sousa Tavares
O escritor e comentador Miguel Sousa Tavares não se mostra surpreendido com os nomes que insistentemente têm vindo a público para disputarem a liderança do PSD e sucederem a Pedro Passos Coelho. No seu espaço de comentário semanal na SIC Notícias, Sousa Tavares afirmou que "do PSD se pode esperar tudo e o seu contrário".
A possibilidade de Pedro Santana Lopes se candidatar não espanta Sousa Tavares, realçando que "a grande diferença entre Santana Lopes e Rui Rio é que Santana não precisa que ninguém o 'segure' para avançar. No caso de Rui Rio parece que tem de ser 'segurem-me, senão avanço'".
Sobre Santana Lopes, o comentador social-democrata sublinhou "evidentes qualidades políticas mas também tem alguma inconsciência política. Ele de facto adora as luzes da ribalta, é um orador brilhante. Só a promessa de que vai disputar a liderança com Rui Rio pode tornar o que seria um passeio chatérrimo apenas com Rui Rio numa disputa que vai animar o PSD".
Se Santana Lopes ganha relevo pela sua personalidade, Miguel Sousa Tavares tem uma opinião distinta de Rui Rio. "Acho que há mais irreverência e inovação em Santana Lopes do que em Rui Rio que é um homem de um profundo cinzentismo, que eu não faço a menor ideia do que pensa e de qual é a sua agenda, tirando querer chegar à liderança do PSD e a primeiro-ministro".
Sobre o facto de esta segunda-feira Marcelo Rebelo de Sousa ter recebido Santana Lopes em Belém, o timing não agradou ao comentador: "Acho que não é aceitável que o Presidente da República receba Santana Lopes. E depois diz que não se mete na vida dos partidos. É evidente que falaram da situação no PSD".
Mas Miguel Sousa Tavares foi mais longe algo afirmar que "parece implicitamente que Marcelo quis dar um empurrão à candidatura de Santana, o que não deixa de ser notável, se nos lembrarmos que era Santana primeiro-ministro quando exigiu que Marcelo saísse da TVI. Mas a vida é como é e no PSD dá muitas cambalhotas".
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